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Seminário aborda a violência contra a mulher em Santa Cruz

Foto: Luiz Fernando Bertuol SECOM

Bianca Feijó (primeira à direita) enalteceu a rede de proteção construída no município

O Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, em parceria com a Secretaria de Habitação, Desenvolvimento Social e Esporte de Santa Cruz, realizou o 18º Seminário Municipal de Combate à Violência contra a Mulher na tarde dessa quarta-feira, 24, na Câmara de Vereadores, como evento integrante da 1ª Semana Municipal de Combate à Violência contra as Mulheres. As rodas de conversa e capacitações contam com participação de integrantes do Escritório da Mulher, Casa de Passagem, Brigada Militar, Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam), Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) e Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas).

A palestrante foi a diretora de Políticas Públicas para Mulheres do RS, Bianca Feijó. Ainda durante a manhã, ela conheceu o Centro Integrado de Segurança Pública e Cidadania (Cisp), a rede municipal de proteção à mulher e teve um encontro com a prefeita Helena Hermany no Palacinho. Para Bianca, Santa Cruz serve de modelo na defesa contra a violência doméstica.

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Ativista desde 2016, Bianca Feijó coordenou o Centro de Referência da Mulher em Gramado, como primeira-dama, em 2017. No ano seguinte, recebeu o prêmio Mulher Cidadã, concedido pela Assembleia Legislativa. Em novembro de 2019, assumiu o cargo atual.

De acordo com ela, o principal objetivo é dar subsídios aos municípios para que a violência doméstica seja prevenida e enfrentada. “Nem todas as mulheres querem fazer a denúncia. Na pandemia, os índices de violência doméstica aumentaram, mas conseguimos ter redução nos feminicídios por 11 meses seguidos. É resultado do trabalho de cada município. É importante fazer o trabalho de aproximação, conhecer o que está sendo feito em cada um”, destacou.

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Agressões não diminuíram

Presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, Iara Bonfante afirma que a violência contra a mulher em Santa Cruz não diminuiu, principalmente nos casos com lesão corporal. Por outro lado, ela exalta o fato de o último feminicídio ter sido registrado em 2019. Iara acredita que o volume de ocorrências é maior pelo encorajamento das denúncias, desde a implementação da Lei Maria da Penha.

Ela salienta que o refúgio das vítimas de violência é a casa-abrigo, que já recebeu 21 mulheres neste ano. “Elas correm risco de vida. Outras registram e não vão para a medida protetiva, acabam voltando para casa e apanhando novamente. É um trabalho diário para erradicar a violência doméstica.”

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Atividades continuam nesta quinta

No Dia Internacional da Não Violência Contra a Mulher, haverá uma capacitação para as agentes comunitárias de saúde na sequência da programação, no anfiteatro do bloco 18 da Unisc, às 13h30. Elas receberão treinamento do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, OAB e Patrulha Maria da Penha, para reconhecer situações de violência que possam ocorrer dentro das famílias por elas acompanhadas e saber para onde encaminhar os casos.

A programação termina nesta sexta-feira no Pavilhão Central do Parque da Oktoberfest, com dicas de defesa pessoal com o sargento Diego da Cruz Araújo, da 2ª Companhia de Bombeiros Militar, das 17 às 20 horas. No local, haverá apresentações culturais, confecção de painéis com grafitagem e roda de conversa sobre conscientização para o combate à violência contra a mulher.

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Irmãs Mirabal como símbolo

O nome das irmãs Minerva, Patria e María Teresa Mirabal, assassinadas em 1960 pela polícia secreta da República Dominicana, converteu-se em símbolo da luta da mulher e fez com que a ONU declarasse o 25 de novembro como o Dia Internacional da Não Violência Contra a Mulher. As “Las Mariposas”, como eram chamadas, faziam oposição ao regime ditatorial do presidente Rafael Leónidas Trujillo, repleto de crimes, torturas e desaparecimentos, entre 1930 e 1961.

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