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AGRICULTURA

Semeadura da soja entra na reta final no Vale do Rio Pardo

No quesito produtividade, região pode apresentar índices superiores às médias estaduais | Foto: Grégori Bertó/Palácio Piratini

As recentes chuvas que caíram sobre a região central do Estado, principalmente no início da última semana, possibilitaram o avanço do plantio de soja no Vale do Rio Pardo, que faz parte da regional de Soledade da Emater/RS-Ascar. Segundo o relatório conjuntural da Emater, divulgado na última quinta-feira, 15, cerca de 95% da soja já está semeada na região. Apenas municípios como Rio Pardo e Encruzilhada do Sul, além de alguns da região do Alto da Serra do Botucaraí, ainda têm áreas a serem semeadas.

Conforme o engenheiro agrônomo Josemar Parise, embora as chuvas tenham sido irregulares, a precipitação viabilizou a continuidade da semeadura da soja em vários pontos da região. A questão do atraso na semeadura não se deve ao clima, já que a umidade do solo apresentou boas condições para o plantio. “A questão é logística. Tem muita área arrendada; muitas vezes são plantadas áreas em outra região, para depois se deslocar para essa região de Encruzilhada do Sul. Muitos plantadores de soja são de outros municípios e acredito que esse é o fator principal”, afirmou o profissional da Emater/RS-Ascar.

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Na questão da produtividade, a região pode apresentar índices até superiores às médias do Estado, de 3,1 toneladas por hectare. A estimativa é de que, nos 39 municípios que compõem a regional de Soledade, sejam colhidas em média 3,3 toneladas por cada hectare de soja, o que representa em torno de 55 sacas de 60 quilos. “As lavouras implantadas mais no início de novembro já estão em uma fase de desenvolvimento bom. Muitas estão na etapa de germinação em emergência, o desenvolvimento vegetativo inicial. Se considerar em relação a outros anos, existe atraso no plantio, mas a janela de plantio da soja começa em 11 de outubro e termina em 31 de janeiro. Portanto, nessas lavouras que estão sendo semeadas, existe o potencial de produzir dentro da média e até acima, tranquilamente. Até porque na última safra, em função da estiagem, muitas lavouras foram semeadas em janeiro”, lembra Parise.

Ele destaca, ainda, a importância de o produtor manter a qualidade do solo para ampliar o rendimento. “Quem tinha uma boa qualidade de solo na safra anterior conseguiu obter produtividade acima de 55, e até 60 sacas por hectare com maior facilidade”, enfatiza. “Na regional de Soledade, o quadro da soja é de normalidade. Neste ano, não ocorreram grandes volumes de chuva, porém foram chuvas frequentes. Apesar da distribuição irregular, foram suficiente para o bom desempenho das lavouras.”

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Em atraso na maior parte do Estado

Apesar de apresentar um desenvolvimento adequado na regional de Soledade, que inclui municípios do Vale do Rio Pardo, o mesmo não foi verificado na maioria das regiões do Rio Grande do Sul. Sob os efeitos do La Niña, o plantio e o crescimento da soja estão em atraso em relação a anos considerados normais.

Segundo o informativo conjuntural da Emater, em regiões onde não houve precipitações, o plantio será retomado quando o solo recuperar a umidade. A opção por realizar o plantio em solo seco, usando sementes tratadas, quase não foi verificada, pois as previsões indicavam provável ausência de chuvas nas próximas semanas.

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Na Fronteira Oeste, a estiagem atrasou o plantio e 77% das lavouras estão em fase reprodutiva. No município de Bagé, por exemplo, as perdas com a falta de chuva já chegam a 50%. Na Regional de Pelotas, a seca paralisou totalmente o plantio, que só deve continuar após as próximas chuvas.

O levantamento semanal da Emater aponta a valorização do preço da soja produzida no Estado. Na cotação mais recente, a saca de 60 quilos apresentava um valor mínimo de R$ 167,00, e máximo de R$ 178,00.

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