Com o objetivo de ampliar o acesso à informação sobre gestão de resíduos, meio ambiente e sustentabilidade, o Instituto Lixo Zero Brasil (ILZB) lançou nessa sexta-feira, 21, a quarta edição da Semana Lixo Zero de Santa Cruz do Sul. Ao longo de dez dias, serão realizadas 95 ações de conscientização, envolvendo escolas, empresas, instituições governamentais e a sociedade civil.
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A apresentação ocorreu na sede da Associação Comercial e Industrial (ACI) e contou com um painel sobre a construção de soluções sustentáveis. Durante a atividade, representantes das empresas Sulpel Soluções Ambientais, América Tampas, Poiato Recicla, meuResíduo, e também da Fundação Para Proteção Ambiental de Santa Cruz do Sul (Fupasc), e da Associação de Logística Reversa de Embalagens (Aslore), apresentaram trabalhos sobre a questão.
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“Grande parte da população acha que o problema dos resíduos é da Prefeitura, é da porta para fora, e eles que têm que resolver, e não é isso que a gente quer. Queremos que cada um se faça integrante dessa cadeia e entenda o seu papel quando se fala na gestão de resíduos”, destacou a embaixadora do ILZB em Santa Cruz, e uma das coordenadoras da Semana Lixo Zero, a engenheira ambiental Débora Leonhardt da Silva.
A programação completa da Semana do Lixo Zero Santa Cruz do Sul pode ser encontrada nas redes sociais Instagram e Facebook, pelo @lixozeroscs.
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O presidente da Associação de Logística Reversa de Embalagens (Aslore), Eduardo Assmann, destaca que a melhor forma de redução de desperdício de materiais através da coleta seletiva é a educação. A organização auxilia as empresas associadas a cumprir a legislação, que obriga que parte do material colocado no mercado (22%) seja recolhido pelo fabricante no pós-consumo, como embalagens usadas, por exemplo.
“As empresas têm que informar à Aslore o seu volume de embalagens colocado no mercado no ano anterior. Com base nessas informações, é calculado o volume que corresponde a 22%. A Aslore contrata projetos no Brasil inteiro através de instituições ligadas a essa temática, na grande maioria cooperativas de catadores”, explica Assmann.
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Em Santa Cruz, são associadas da Aslore a Mercur, a Xalingo, a Mor e a Phillip Morris. Elas fazem parte de um total de 154 empresas de todo o Brasil ligadas à associação. Eduardo Assmann explica que, além de poupar o meio ambiente, o recolhimento de resíduos é uma realidade na indústria, e a associação entre diferentes atores é essencial para reduzir os custos com a operação.
“Isso é uma tendência sem volta, já é realidade. As empresas, principalmente as médias para maiores, já entenderam. É uma despesa que de alguma forma está embutida no custo do produto, é uma obrigação, assim como pagar impostos. Se a empresa quiser fazer esse serviço sozinha pode, mas vai custar mais caro. A melhor forma para cumprir a lei é contratar serviços estruturados para isso.”
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Há cerca de dez anos, o empreendedor paulista Marcos Poiato percebeu que poderia gerar emprego e renda através dos cigarros que são jogados no chão das ruas, e que acabam nos esgotos. Por conter substâncias tóxicas, o cigarro descartado de forma incorreta pode poluir o solo e as fontes de água, como rios e lagos.
Através de sua usina de reciclagem, com sede no município de Votorantim, a empresa Poiato Recicla já retirou mais de 120 milhões de bitucas de cigarro do meio ambiente, que foram transformadas em celulose, matéria-prima para produção de objetos de papel, como porta-copos, embalagens, e até cadernos e agendas. A tecnologia foi desenvolvida através de uma parceria com a Universidade de Brasília.
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“Bitucas de cigarro, que nas ruas, calçadas e praias demorariam até 17 anos para se decompor, em apenas duas horas nós as transformamos em celulose”, explica Marcos. A história da Poiato Recicla pode ser conhecida melhor no documentário disponível no YouTube, com o título O Renascer das Cinzas – O Outro Lado do Resíduo Mais encontrado na Natureza.
A empresa possui pontos de descarte de cigarros, que inclusive podem ser encontrados em Santa Cruz do Sul. Neste sábado, a programação da Semana Lixo Zero teve uma ação sobre o descarte correto de bitucas de cigarro, que ocorreu no Parque da Oktoberfest, das 10 às 13 horas.
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Quem tiver dificuldades em saber qual a destinação correta para os resíduos em Santa Cruz do Sul pode encontrar a solução através de um aplicativo de celular desenvolvido pela empresa santa-cruzense Tekann Mobile Solutions.
O App “EcoMind” pode ser baixado gratuitamente, e mostra no mapa os pontos de coleta de diferentes tipos de resíduos, como bitucas de cigarro, eletrônicos, embalagens, garrafas pet, metais, óleo, plásticos, pneus e vidros. O recurso está disponível nas plataformas de download dos smartphones. Através do aplicativo, é possível encontrar, além da localização do ponto de descarte, informações como a distância entre o ponto de coleta e o usuário, endereço, telefone do local, e quais materiais podem ser recebidos.
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