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1922 cem anos depois: quatro livros para entender a Semana da Arte Moderna

Neste domingo, 13 de fevereiro, completam-se exatos 100 anos desde o início, em 1922, de um dos eventos mais instigantes da história das artes e da cultura. A Semana da Arte Moderna pode até não ter revolucionado todas as áreas, mas nunca mais se pôde falar em modernidade sem falar dos modernistas. O Magazine relembra aquela semana e indica quatro livros para quem deseja (tentar) entender melhor o modernismo em tempos ditos… pós-modernos.

O que aconteceu
O século 20 começara com inúmeras mudanças, que agilizaram as interações: telefone, ´rádio, cinema, carros, trens, navios, aviões, tudo deslumbrava as pessoas. Mas houve também a Primeira Grande Guerra. Mal esta terminara e, inspirados em movimentos na Europa, artistas decidiram organizar, em fevereiro de 1922, em São Paulo, uma semana para apresentar sua forma de ver os novos tempos. Escritores, músicos e artistas plásticos ocuparam o Theatro Municipal de São Paulo entre os dias 13 e 18 daquele mês com atos, mostras, palestras, apresentações e debates.

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Quem esteve lá
Entre os expoentes que ajudaram a organizar a Semana da Arte Moderna e dela participaram estão nomes que posteriormente se firmaram nas artes e na cultura do Brasil. Villa-Lobos, Anita Malfatti, Di Cavalcanti, Alberto Martins, Osvaldo Goeldi, Victor Brecheret, Oswald de Andrade, Mario de Andrade, Guilherme de Almeida (que, aliás, elaborou a arte que ilustra esta página para a capa do livro de Mario, Pauliceia desvairada, símbolo modernista), Ribeiro Couto, Ronald de Carvalho, Menotti del Picchia, Álvaro Moreira, entre tantos outros, passaram pelo local.

Qual o legado
Na literatura, na música, no cinema, nas artes plásticas, no plano das ideias, nunca mais se deixou de falar ou de considerar os debates e os projetos expostos na Semana da Arte Moderna. Em todas as manifestações, nomes como os de Villa-Lobos, Di Cavalcanti, Mario e Oswald de Andrade, Menotti del Picchia, Guilherme de Almeida, Anita Malfatti, Tarsila do Amaral, entre outros, impuseram-se no imaginário nacional. Basta lembrar de Abaporu, a pintura a óleo de 1928 de Tarsila, talvez a obra que mais e melhor sintetiza o Brasil. É modernista.

1922 – A semana que não terminou, de Marcos Augusto Gonçalves, pela Companhia das Letras. Leitura imprescindível para entender aquela iniciativa.
1922 – cenas de um ano turbulento, de Nick Rennison, com tradução de Marcia Blasques, pela Astral Cultural. Um olhar sobre fatos do mundo todo.
modernismos 1922-2022, com organização de Gênese Andrade, para a Companhia das Letras. Uma série de artigos de especialistas sobre o evento.
Semana de 22: antes do começo, depois do fim, de José de Nicola e Lucas de Nicola, para a Estação Brasil. O que motivou o ato, e seu legado.

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