Jair Bolsonaro não repetiu o desempenho de 2018, quando fez 55,13% dos votos contra 44,87% de Fernando Haddad (PT), e perdeu a eleição para Luiz Inácio Lula da Silva. Embora apertada, a vitória demonstra que o antipetismo construído a partir das manifestações de 2013 e solidificado em 2018 perdeu fôlego. A narrativa novamente embalou parte expressiva do eleitorado bolsonarista, mas não assegurou a vitória ao capitão.

Contra isso, Lula teve a seu favor a deterioração do poder aquisitivo da maioria da população nos últimos dois anos e as falas do ministro Paulo Guedes anunciando planos de desindexar o salário mínimo e as aposentadorias. O PT soube costurar as alianças necessárias e também entrou com tudo na disputa pelas redes sociais. Lula volta ao Planalto em 2023 e o atual presidente entra para a história como o primeiro, desde a mudança nas regras sucessórias, que não consegue se reeleger.

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Se no Brasil foram determinantes a força e a estrela do nome Lula, no Estado a vitória de Eduardo Leite diz mais do adversário do que dele mesmo. Leite é um político inteligente e habilidoso. Mas o fato é que Onyx Lorenzoni ajudou. E muito. O ex-ministro do governo Bolsonaro foi encolhendo a cada debate. Jogou fora a vantagem que tinha ao término do primeiro turno com atitudes patéticas. Derreteu no próprio fogo.

Agora, para todos nós, vitoriosos e derrotados, é o momento de largar as armas. Mesmo. Não faça e não caia em provocações. Temos um período delicado pela frente. Há muitas dúvidas quanto à real situação da economia brasileira e o orçamento secreto só aumenta a preocupação. Será, portanto, fundamental manter a nação unida. A instabilidade política interessa apenas aos imaturos. Quem não conseguiu vencer dessa vez, pode virar o jogo daqui a quatro anos. Democraticamente. Como sempre deve ser.

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