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Sem o pagamento de dívidas, hospitais têm dificuldades

Há quase um mês os hospitais filantrópicos e Santas Casas do Rio Grande do Sul tiveram a promessa da quitação de dívidas por meio do governo do Estado. Na ocasião foi anunciado pelo governador José Ivo Sartori que o pagamento seria feito por meio de linhas de crédito junto a instituições financeiras. A partir do acordo firmado com o Estado, as instituições hospitalares poderiam contratar financiamento para receber imediatamente o valor das dívidas. 

Em entrevista à Rádio Gazeta na manhã desta quinta-feira, 29, o presidente do Sindicato das Santas Casas e Hospitais Beneficentes, Religiosos e Filantrópicos do Vale do Rio Pardo, Celso Jair dos Santos Teixeira, afirmou que a situação é de angústia entre as instituições da região. Quando foi feito o anúncio, no dia 30 de setembro, a informação passada aos hospitais é que no dia seguinte os valores já estariam disponíveis. Mas, segundo Teixeira, até agora nenhum hospital conseguiu a liberação das linhas de crédito.

As instituições começam a sofrer neste momento com a falta de credibilidade com vários fornecedores. Com o anúncio da liberação, dívidas foram renegociadas, só que não há dinheiro liberado para quitar os débitos no prazo. Teixeira, que também é administrador do Hospital Santa Bárbara de Encruzilhada do Sul, afirma que agora os hospitais vivem o ápice da crise, quando todas as possibilidades de pagamento se esvaíram.

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Fornecedores e funcionários estão sem receber, não se descarta até mesmo uma paralisação dos médicos. Apenas o Santa Bárbara tem mais de R$ 1,2 milhão para receber. A dívida total em todo o Estado chega a R$ 350 milhões, equivalentes ao perídio de outubro de 2014 a setembro de 2015.

Sem o recebimento, a Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes, Religiosos e Filantrópicos deve voltar ao Palácio Piratini para requerer novo auxílio.

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