O pré-candidato do PSL ao Palácio do Planalto, deputado Jair Bolsonaro (RJ), confirmou nesta terça-feira, 17, o fim das negociações com o PR para uma aliança eleitoral. “Sabíamos que isso poderia ocorrer, mas jamais desistiremos dos nossos ideais”, afirmou Bolsonaro ao Estado. “Vamos em frente com os oito segundos (de tempo de propaganda eleitoral na TV).”
Com o fim das negociações com o PR, Bolsonaro pode anunciar nesta quarta-feira, 18, um general para compor sua chapa como candidato a vice. O nome mais forte é o do general da reserva Augusto Heleno Ribeiro Pereira (PRP), responsável pelo programa de governo do presidenciável na área de segurança pública. Ele comandou as tropas do País no Haiti e também é um dos ex-comandantes militares da Amazônia. Bolsonaro foi cadete de Heleno quando integrava as Forças Armadas. A convenção do PSL está marcada para o próximo domingo, no Rio de Janeiro.
“Não haverá aliança com exigências do PR de coligação nas chapas de deputados federais em São Paulo e Rio de Janeiro. Bolsonaro possivelmente anunciará amanhã (quarta) o general Heleno como vice”, afirmou o deputado Major Olímpio (PSL-SP), pré-candidato ao Senado por São Paulo.
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Logo que saíram declarações de que seria indicado à vice na chapa, o general da reserva disse ao Estado que “nada” está confirmado. Ele, no entanto, afirmou que está pronto “para a missão”. “Nunca pleiteei nada, não fico sem dormir por causa disso. Estou pronto para cumprir a missão, caso seja designado, como sempre fiz na minha vida.”
Em março deste ano, ao se filiar ao PSL, Bolsonaro passou a defender aliança com o senador Magno Malta (PR-ES), influente entre setores evangélicos e que poderia ser o vice na chapa. Mas as conversas não avançaram.
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Segundo o líder do PR na Câmara, José Rocha (BA), a bancada está dividida entre apoiar Bolsonaro ou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que, mesmo condenado e preso na Lava Jato, é indicado pelo seu partido para disputar o cargo. Segundo Rocha, as alianças regionais nos Estados têm contribuído para a divergência dentro da sigla. “A bancada está meio a meio. Há deputados que preferem Bolsonaro e outros que são favoráveis a apoiar o Lula.”