No ano em que completou 11 anos de existência, a Escola Família Agrícola de Santa Cruz do Sul (Efasc) enfrenta um de seus maiores desafios: a pandemia do novo coronavírus. Atualmente com 109 alunos de dez municípios da região do Vale do Rio Pardo, a escola tem buscado novos métodos de ensino para se adequar à atual realidade.
Com as atividades pedagógicas e formativas paralisadas desde o dia 30 de março, a instituição tem funcionado de forma remota, por meio do envio de materiais e encontros em salas virtuais. Para isso foi realizada uma pesquisa entre os alunos, na qual se constatou que 94% deles possuem acesso à internet em casa. Aos que não têm foram disponibilizados um computador e acesso às instalações da escola para que possam participar dos encontros virtuais.
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De acordo com o professor e membro da coordenação da Efasc João Paulo Reis Costa, o afastamento trouxe desafios, mas a tecnologia também oferece novas oportunidades. “Tem se mostrado uma rica possibilidade de aproximar a escola e os estudantes, e de conhecer as técnicas e tecnologias de produção que realizam em casa”, observou.
Segundo ele, a produção agrícola – um dos destaques da instituição – não parou. “O setor de produção agropecuária, respeitando os protocolos, segue organizando a área produtiva, preparando a terra para produzir alimentos, bem como fazendo a manutenção das máquinas e equipamentos que precisam estar em constante uso.”
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Sem a presença dos estudantes, a Efasc segue produzindo com a ajuda dos professores, em quantidades menores e apostando no cultivo de frutas e plantas medicinais, que perduram por mais tempo. No âmbito do projeto Quintais Orgânicos de Frutas, espécies como pêssego, limão e goiaba, e nativas, como pitanga, butiá e araçá, entre outras, são a prioridade no momento. Também são cultivadas dez espécies medicinais. Sendo uma escola de internato, onde os estudantes permanecem ao longo da semana, ainda não existe previsão de normalização das atividades.
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