O Brasil reencontrou o caminho das vitórias nas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026, nesta sexta-feira, ao bater o Equador por 1 a 0, pela sétima rodada. Apesar de sair de campo com os três pontos graças a gol solitário de Rodrygo, a seleção mostrou um futebol monótono, semelhante ao estilo derrotado na Copa América, rejeitando o que há de positivo nas principais estrelas do elenco e promovendo um estilo burocrático
Vaias foram ouvidas na arquibancada do Estádio Couto Pereira durante o segundo tempo. O retorno da seleção a Curitiba após quase 21 anos não foi capaz de encantar. Não há dinamismo na forma como o Brasil atua sob o comando de Dorival Júnior. As potencialidades que os atletas convocados exibem individualmente em seus clubes se esvaem quando vestem a camisa verde-amarela. Definitivamente, o treinador ainda não encontrou o time ideal e não deveria insistir, nos próximos compromissos, na escalação sem um centroavante de ofício e abrindo mão de atletas com mais repertório inventivo no meio de campo.
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Com o resultado, a seleção brasileira ganha posições na tabela das Eliminatórias para o Mundial. Agora, a equipe liderada por Dorival ocupa a quarta posição, com 10 pontos. Já o Equador cai para a sexta colocação, com oito. Os seis primeiros colocados, ao término das 18 rodadas, garantem vaga direta na Copa, que terá Estados Unidos, México e Canadá como sedes. O sétimo participará de uma repescagem intercontinental.
A seleção brasileira retorna ao gramado na próxima terça-feira, em Assunção. No Estádio Defensores del Chaco, o time nacional mede forças com o Paraguai. A bola rola às 21h30 (de Brasília). Na última Copa América, o Brasil enfrentou os paraguaios e conquistou sua única vitória no torneio: uma goleada por 4 a 1.
Nos primeiros movimentos na capital paranaense, a seleção brasileira conseguiu controlar a posse de bola, mas não teve tantas facilidades para gerar oportunidades de gol. O desenho tático do Equador buscou bloquear a criatividade do meio-campo brasileiro, impondo barreiras na saída de bola pela zaga e obrigando o Brasil a fazer lançamentos e passes longos.
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Com o passar do tempo, o Equador conseguiu diminuir o volume de jogo do Brasil. Houve inclusive um pedido de pênalti sobre Enner Valencia, que foi desconsiderado pela arbitragem. Pelo lado da seleção brasileira, Vinícius Júnior chamou a responsabilidade e desenhou os melhores lances pela esquerda. No entanto, o time nacional mostrou os mesmos problemas exibidos na Copa América: muita posse de bola e poucas chances reais de gol.
Uma movimentação diferenciada do Brasil na última linha de ataque ajudou na construção do primeiro gol, aos 30 minutos. A seleção decidiu arriscar com Rodrygo um chute de fora da área, a bola desviou na marcação, enganou o goleiro Galíndez e ainda desviou na trave antes de balançar a rede do Equador. Obra mais da sorte do que do juízo.
A seleção brasileira fez uma exibição modesta no primeiro tempo em Curitiba. Nada espetacular diante de um adversário que já prometia fazer jogo duro e que se postou em campo a fim de bloquear a criação do Brasil. Há de se ponderar que o Equador promovia a estreia de seu novo treinador, o argentino Sebastián Beccacece. Apesar do gol, Rodrygo é um dos jogadores mais sacrificados nessa formação tática de Dorival Júnior. Poderia render mais em posição recuada, auxiliando o meio-campo.
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Para o segundo tempo, a seleção voltou sem alterações, enquanto o Equador promoveu a entrada do garoto Kendry Páez, de 17 anos, do Independiente del Valle. Assim como Estêvão, do Palmeiras, o garoto já está vendido ao Chelsea por cifras milionárias.
Os equatorianos se postaram de forma proativa com as modificações. O Brasil continuou insistindo nos chutões, sem presença de fato no ataque. A facilidade dos visitantes em trocar passes esbarrava na falta de qualidade técnica dos equatorianos para efetivar os passes decisivos para incomodar o goleiro Alisson.
Aos 17 minutos, Dorival promoveu a estreia de Estêvão com a camisa da seleção brasileira. O garoto palmeirense entrou na vaga de Luiz Henrique para atuar no mesmo setor: o lado direito do ataque, onde já está habituado a jogar pela equipe alviverde. A seleção, no entanto, não conseguiu melhorar. O Equador tampouco mostrava condições de levar perigo e o placar se manteve favorável ao Brasil até o apito final.
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BRASIL 1 X 0 EQUADOR
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