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Seja otimista, mas tome cuidado

Não é fácil começar 2023 em um ambiente ainda contaminado pelo coronavírus. Saímos às ruas tranquilos, sem ver máscaras em lugar nenhum, e parece que tudo voltou ao “velho normal” anterior à pandemia. Só na aparência, porque em dezembro foram registrados mais de 600 novos casos de Covid-19 em Santa Cruz. Apesar disso, estamos hoje em situação melhor do que em 2020. E o motivo é um só: vacinação.

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O esquema vacinal contribui para evitar quadros mais graves da doença. Mesmo com a maior facilidade de transmissão da variante Ômicron, predominam sintomas leves e que não exigem hospitalização. Sim, ainda há óbitos e pacientes internados, mas não nos patamares de 2020. Apesar da resistência dos que alardeavam os “perigos” da vacina, a imunização conteve a escalada de mortes. Por consequência, possibilitou o fim das restrições à circulação de pessoas, afastou o fantasma do temido lockdown e viabilizou a retomada das atividades econômicas.

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Como tantos outros, eu não passei ileso pela pandemia. Felizmente, já estava vacinado e o estrago causado pelo vírus não foi tão grande. Fui derrubado pelos chamados sintomas “leves”, semelhantes aos de uma gripe comum. O que houve de diferente foi a perda do olfato. Durante três dias, não consegui perceber cheiro nenhum. Já conhecia histórias de pessoas que haviam ficado meses sem olfato e sem paladar, e a perspectiva me perturbava um pouco. Ter apenas cinco sentidos – convenhamos, não é muito – e ainda perder dois? De jeito nenhum. Mas, enfim, foram só três dias de nariz decorativo.

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Ano novo, vida nova e… novas variantes do coronavírus. Os casos estão em alta, então não é hora de baixar a guarda. Fique atento aos sinais, vacine-se, faça o teste se julgar necessário. Não subestime a importância do esquema vacinal completo. E, se as circunstâncias pedirem o uso de máscara, use sem constrangimentos. Sempre haverá algum “especialista” dizendo que ela faz mal à saúde, mas até hoje ninguém foi internado e morreu por usar máscara em excesso. Não que eu saiba, pelo menos.
Façamos o que estiver a nosso alcance para que 2023 seja, efetivamente, um ano melhor do que esses últimos.

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Guilherme Bica

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Guilherme Bica

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