Quantas vezes você morre numa vida? Na vida dos petroleiros de ‘Ilha de Ferro’, pode-se dizer que, entre embarques e desembarques, eles morrem e renascem a cada nova jornada. Em alto-mar ou em terra firme, a segunda temporada da série vem com mais tormentas. Treinamento de alto risco, explosões, resgates, sequestros. Estar a bordo da Plataforma 137 é trabalho, mas é também adrenalina, suor e aventura. Em casa, no entanto, sempre tem alguém meio perdido, esgarçado pelos problemas do dia a dia. Na nova temporada, Cauã Reymond e Maria Casadevall ganham novos companheiros de cena: Mariana Ximenes, Rômulo Estrela, Eriberto Leão e Erom Cordeiro.
“Os personagens são como tubarões emocionais, precisam se mover para não morrer. Quase sempre se metendo ou criando confusão. A plataforma é o epicentro da história, onde eles se encontram e dividem suas angústias. Mas em terra firme temos uma poderosa trilha policial. Tem mais ação e mais paixão”, adianta Mauro Wilson, redator final da série.
“Agora na segunda temporada a gente se sente mais apropriado desse universo, conhece os personagens e isso nos dá mais liberdade para avançar e se aprofundar nas histórias e fantasmas de cada um deles”, explica o diretor artístico Afonso Poyart.
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A vida dupla, 15 dias em cada lugar, trocando o dia pela noite, faz com que eles não se sintam inteiros em lugar nenhum. “Vamos continuar contando a história desse cara que se sente melhor dentro da plataforma, longe da terra, do que em casa. Vamos mostrar essa dualidade entre terra e mar que quem trabalha numa plataforma sente. Eles se sentem meio esquisitos em terra, e nem totalmente naturais na plataforma. A gente está sempre tentando desvendar o que esse tipo de trabalho e estilo de vida impacta nos relacionamentos das pessoas”, resume o diretor.
Para destrinchar esses relacionamentos, a trama ganha um novo colorido, novas pontas no “polígono” amoroso central. Os conflitos e turbulências de Dante (Cauã Reymond) e Julia (Maria Casadevall) aumentam de potência com a chegada do Comandante Ramiro (Rômulo Estrela), da Dra. Olívia (Mariana Ximenes) e de Diogo (Eriberto Leão), irmão da Júlia e presidente da empresa petrolífera.
Encontros e desencontros
A segunda temporada começa depois de uma passagem de tempo de três anos. Agora Dante é pai. Na verdade, pai solo. Depois que Bruno (Klebber Toledo) foi preso, ele assumiu a paternidade de Maria (Alice Palmar), mas a vida mudou mesmo depois que Leona (Sophie Charlotte) os abandona. Com a filha, mas sem as presenças do irmão e da mulher, o petroleiro é um cara cada vez mais solitário.
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Júlia foi embora, Buda (Taumaturgo Ferreira) morreu, e o seu amor é cada vez mais a PLT 137. Sua obstinação aumentou a produtividade da plataforma, ainda que às custas do bem-estar da equipe. Vai ser justamente para tentar controlar os ânimos em erupção na Ilha de Ferro que Olívia (Mariana Ximenes), a psiquiatra da empresa, será chamada à embarcação.
“Dante agora é pai e, apesar de fazer tudo pela filha, não buscou a paternidade. Ela veio para ele. Nesse tempo, ele não teve desejo se estabelecer vínculo com ninguém desde que terminou com a Júlia. Até que a Olivia surge. Mas o amor da vida dela é a plataforma. A vida dele é no mar. Profissionalmente ele foi o cara que, nesse tempo, transformou a 137 na plataforma de maior produtividade da Bacia de Santos”, conta o ator Cauã Reymond.
Olívia é uma mulher intensa. Noiva de Diogo (Eriberto Leão), presidente da Federativa, ela tenta não expor a relação dos dois para não interferir no trabalho. Mas tudo muda quando conhece Dante. Aos poucos, ela vai se envolvendo nos tormentos dele e segue, assim, tentando diminuir as sombras dos fantasmas do seu passado.
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O que ela não contava é que o passado recente de Dante volta com tudo. Após três anos fora, e mais bem resolvida com suas questões pessoais, Júlia retorna a pedido do avô João Bravo (Osmar Prado), que vai receber uma homenagem a bordo da PLT 137. O reencontro traz de volta sua veia petroleira e as lembranças do romance com Dante. Para Maria Casadevall, apesar de a essência de Júlia ainda ser a mesma, suas relações foram amadurecendo, mesmo que a distância.
“Quando Julia volta à PLT 137 existe uma cumplicidade profunda com toda a equipe de trabalhadores da plataforma que se fortalece ainda mais nesse reencontro e, claro, uma paixão mal resolvida que vem à tona quando ela e Dante se reaproximam. Na primeira temporada acompanhamos muito pouco a vida de Julia fora da plataforma. Agora o caminho é inverso: vemos Júlia na vida em terra e acompanhamos a maneira como essas escolhas impactam suas passagens pela plataforma”, adianta a atriz.
Sobre a vida em terra de Júlia, leia-se: comandante Ramiro (Rômulo Estrela). Mergulhador de combate da Marinha, ele é daquele tipo de cara boa praça, mas reservado. Não por acaso, os dois se conhecem no meio de uma perseguição. Apesar de durões, aos poucos, eles vão baixando a guarda, se deixando conhecer e se apaixonando. Mas Ramiro também tem contas a acertar com seu passado.
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