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Bandeiras e protocolos: como funcionará o distanciamento controlado

O governador Eduardo Leite apresentou, na tarde desta quinta-feira, 30, uma formatação inicial do modelo de distanciamento controlado que entrará em vigor no Rio Grande do Sul ao longo do mês de maio. Antes disso, o Comitê de Dados e de Saúde, vinculado ao Gabinete de Crise do Estado, receberá sugestões até sábado, 2 de maio, e fará eventuais atualizações na estratégia.

MODELO PRÉ-DEFINIDO PELO RS

Segmentação Regional

O Estado é dividido em 30 Regionais de Saúde. Para o acompanhamento dos indicadores, o governo uniu algumas delas, a partir de critérios como os hospitais de referência para leitos de UTI, e optou por utilizar 20 regiões no modelo de distanciamento controlado.

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Regiões a partir da cidade mais populosa:

1. Santa Maria (Centro-Oeste)
2. Uruguaiana (Centro-Oeste)
3. Capão da Canoa (Metropolitana)
4. Taquara (Metropolitana)
5. Novo Hamburgo (Metropolitana)
6. Canoas (Metropolitana)
7. Porto Alegre (Metropolitana)
8. Santo Ângelo (Missioneira)
9. Cruz Alta (Missioneira)
10. Ijuí (Missioneira)
11. Santa Rosa (Missioneira)
12. Palmeira das Missões (Norte)
13. Erechim (Norte)
14. Passo Fundo (Norte)
15. Pelotas (Sul)
16. Bagé (Sul)
17. Caxias do Sul (Serra)
18. Cachoeira do Sul (Vales)
19. Santa Cruz do Sul (Vales)
20. Lajeado (Vales)

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Segmentação Setorial

Setores como educação, comércio, serviços, indústria, transportes e agricultura, entre outros, terão restrições proporcionais ao nível de segurança do contágio da Covid-19 e o respectivo impacto econômico.
No total, a proposta prevê 12 grupos setoriais e protocolos para 50 atividades, de acordo com o impacto.

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Protocolos

Cada nível de distanciamento controlado conterá protocolos diferentes, que ainda estão recebendo sugestões. Eles envolvem as regras que terão de ser adotadas conforme a bandeira da região e o setor econômico, como, por exemplo, quanto ao funcionamento, se pode ficar aberto ou não; ao horário, com restrições ou não; à triagem (medição de temperatura) dos colabores; quais EPIs são obrigatórios no atendimento, como máscaras e luvas; se devem ter afastamento de grupos de risco, algum tipo de distanciamento mínimo entre pessoas e limitação de pessoas, entre outros.

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Bandeiras

A estratégia do governo prevê quatro estágios de controle, traduzidos em “bandeiras”: amarela, laranja, vermelha e preta. A amarela indica uma situação branda, com medidas mais amenas, e o grau de restrições avança até a preta, quando seria necessário o isolamento social (lockdown).

Para definir a cor da bandeira, foram definidos dois grandes grupos de medidores: propagação e capacidade de atendimento. Cada um deles tem peso de 50% para a definição das bandeiras.

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No total, serão acompanhados 11 indicadores:

VELOCIDADE DO AVANÇO

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1) Número de casos novos confirmados nos últimos 7 dias/ números de casos novos confirmados nos 7 dias anteriores;
2) Número de internados por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no último dia/ número de internados por SRAG 7 dias atrás;
3) Número de pacientes Covid-19 confirmados em leitos clínicos no último dia/ número de pacientes Covid-19 confirmados em leitos clínicos há 7 dias;
4) Número de pacientes Covid-19 confirmados em leitos de UTI no último dia/ Número de pacientes Covid-19 confirmados em leitos de UTI há 7 dias;

INCIDÊNCIA DE NOVOS CASOS

5) Número de confirmados nos últimos 7 dias para cada 100 mil habitantes;
6) Número de óbitos nos últimos 7 dias para cada 100 mil habitantes;

ESTÁGIO DA EVOLUÇÃO

7) Total de casos ativos até o último dia/ total de casos recuperados até o último dia;

CAPACIDADE DE ATENDIMENTO

8) Número de leitos de UTI na macrorregião disponíveis para atender Covid-19 no último dia para cada 100 mil idosos (60+);
9) Número de leitos de UTI no Estado disponíveis para atender Covid-19 no último dia;

MUDANÇA DA CAPACIDADE DE ATENDIMENTO

10) Número de leitos de UTI disponíveis por macrorregião no último dia para atender Covid-19; número de leitos de UTI disponíveis por macrorregião 7 dias atrás para atender Covid-19;
11) Número de leitos de UTI disponíveis no Estado no último dia para atender Covid-19; número de leitos de UTI disponíveis no Estado 7 dias atrás para atender Covid-19.

A bandeira final é obtida através do arredondamento da média ponderada dos indicadores, conforme os pesos aplicados. Para fazer a média, considera-se que Amarela=0; Laranja=1; Vermelha=2; Preta=3. Detalhes para se chegar a essa média podem ser conferidos clicando aqui.

A coleta dos dados será diária, mas a atualização das cores de cada região ocorrerá aos sábados, valendo para a semana seguinte. Além disso, há uma regra de redução da bandeira: se a região teve até cinco casos confirmados nos últimos 14 dias, a bandeira é reduzida em um nível.

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