Previsto para ser votado na sessão da próxima segunda-feira, 6, da Câmara de Vereadores, o projeto de lei que trata da implantação de um condomínio empresarial no Parque de Exposições Prefeito Marci Luiz Nardi, em Sobradinho, agitou a semana no município. A decisão da Prefeitura de retirar a proposta de tramitação no Legislativo, três dias após a realização de audiência pública no plenário do Legislativo, causou surpresa na comunidade.
A posição do Executivo foi explicada pelo secretário municipal de Indústria, Comércio e Serviços, Idelfonso Barbosa, no programa Giro Regional, na manhã dessa sexta-feira, 3. Segundo ele, o prefeito Maninho Trevisan não quer criar conflitos por conta do projeto, optando por ampliar o debate junto com a comunidade. Para isso, ele solicitou à secretária de Administração, Saionara Soder, que crie uma comissão para tratar da elaboração de um Plano Diretor do Parque da Fejão, demanda que foi inclusive defendida durante a audiência pública por lideranças locais.
Defensor ferrenho do projeto, Barbosa foi voto vencido, pois queria a permanência da matéria na Câmara. Mas vê pontos positivos no debate realizado até o momento. “Tornamos público a nossa agonia com a parte alta da Fejão. É uma área que não traz retorno algum. É dinheiro público indo para o ralo todo mês”, relata, relembrando que o município gasta, em média, R$ 15 mil mensais com a conta de luz do parque.
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O secretário também contestou os argumentos citados pelo vereador e presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, Gerson Lisboa (PP) para se posicionar contra a proposta. O parlamentar, orientado pelo Instituto Gamma, vê a questão como “conduta vedada”, por se tratar de ano eleitoral. “Pelo parcer do Igam, 20 leis de 2012 seriam condutas vedadas. E tudo foi aprovado pela Câmara. Para isso, não teve conduta vedada”, rebate, defendendo que Sobradinho não pode “parar” só pelo fato do ano ter eleição municipal.
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