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Secretaria Estadual da Saúde deve assumir gestão do Hospital Regional

A Secretaria Estadual da Saúde deve atuar como interventora, assumindo, de forma emergencial, a gestão do Hospital Regional do Vale do Rio Pardo. A informação foi revelada pelo promotor de Justiça João Beltrame, coordenador do núcleo Saúde do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), que integra a força-tarefa da Operação Camilo, deflagrada nesta quarta-feira, 27, e que investiga desvio de recursos na instituição.

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“Por uma medida que nós acordamos na força-tarefa de não deixar a população de Rio Pardo sem atendimento, tivemos uma medida civil, uma Ação Civil Pública, com a intenção de gerar uma intervenção no Hospital Regional, tirando, então, a empresa Abrassi. Esta ação busca extinguir esta empresa. Também busca afastamento de agentes públicos envolvidos”, explicou Beltrame, em coletiva de imprensa nessa tarde. “Foram deferidas as medidas de intervenção e nós chamamos como parceiro, nosso, nesse primeiro momento, o Estado do Rio Grande do Sul, a Secretaria de Saúde do Estado a atuar como interventora, uma vez que há uma atuação forte na operação, no combate à atuação do Executivo (municipal), então não poderíamos deixar a intervenção com o Executivo”, completou o promotor.

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Nesta quarta-feira foram cumpridos 15 mandados de prisão temporária, 61 de busca e apreensão, além de medidas judiciais de sequestro de bens, bloqueio de valores em contas dos investigados e de empresas e de afastamento de funções exercidas por cinco servidores públicos municipais. Entre os presos estão o prefeito de Rio Pardo, Rafael Barros, e o procurador do Município, Milton Coelho.

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A investigação – que partiu informações recebidas pela delegacia de Polícia Federal em Santa Cruz do Sul, em junho de 2018 e contou com apoio da Controladoria-Geral da União, do Tribunal de Contas do Rio Grande do Sul e do Ministério Público – apontou desvios de recursos, por meio de superfaturamento de serviços, a partir da terceirização da gestão do Hospital Regional do Vale do Rio Pardo, em 2017. Até o presente estágio da investigação, estima-se que R$ 15 milhões tenham sido desviados, mas o total pode chegar a R$ 30 milhões.

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A reportagem da Gazeta do Sul tentou contato com representantes da Associação Brasileira de Assistência Social, Saúde e Inclusão (Abrassi), que era responsável pela gestão do Hospital Regional, mas não obteve resposta.

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