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Secretaria da Saúde confirma segunda morte por dengue em Santa Cruz

Dengue é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti | Foto: NIAID

Doença é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti | Foto: NIAID

A Secretaria Municipal da Saúde confirmou nesta segunda-feira, 26, a segunda morte por dengue entre moradores de Santa Cruz do Sul. A vítima é uma mulher de 84 anos, moradora do Bairro Senai. Ela faleceu no dia 15.

O primeiro óbito pela doença ocorreu em 30 de março, e a vítima também foi uma mulher, de 54 anos. Ela residia no Bairro Pedreira. O total de casos da dengue no município, até esta segunda-feira, chega a 678.

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Sintomas como febre alta súbita, dor no corpo, prostração, diarreia, dor abdominal, entre outros, têm levado muitas pessoas a buscar atendimento na rede de atenção básica em saúde. Embora os sinais sejam muito parecidos com os da Covid-19, em muitos desses casos o diagnóstico acabou revelando outra infecção: a dengue, doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti.

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Na ânsia por descobrir logo a doença da qual padecem, muitas pessoas saem da consulta médica um tanto frustradas por não terem sido de imediato encaminhadas para fazer o exame. No entanto, como o corpo demora a produzir anticorpos em quantidade suficiente para que sejam detectados no exame de sangue, a espera por alguns dias é necessária a fim de que o resultado não apresente um falso negativo.

Conforme o epidemiologista da Secretaria Municipal de Saúde (Sesa), Luciano Duro, durante o atendimento médico, o paciente recebe um encaminhamento para realizar no laboratório do Hospital Santa Cruz (HSC) os exames sorológicos IgG e IgM, a partir do sétimo dia e até o trigésimo após o início dos sintomas.

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“Antes disso não adianta fazer, a pessoa pode estar com a doença mas ainda não ter desenvolvido uma quantidade suficiente de anticorpos que seja detectada no exame. É uma janela imunológica muito semelhante à do HIV”, explicou.

Luciano esclarece que no caso da dengue o tratamento é sintomático e que o diagnóstico laboratorial é uma ferramenta para fins de controle epidemiológico, que auxilia indiretamente no bem-estar do paciente. “As pessoas ficam ansiosas por um diagnóstico, mas independente disso, a conduta não muda, a pessoa vai receber a medicação conforme os sintomas que apresentar. Assim como na Covid-19, não há tratamento específico, como existe por exemplo para a leptospirose, em que tu tem um antibiótico e quanto mais cedo tomar melhor”, destacou.

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Apesar da semelhança nos sinais da Covid-19 e da dengue, que em um primeiro momento podem confundir, no caso da dengue inexistem os sintomas respiratórios, tão característicos da Covid-19. Além disso, uma característica bem típica da dengue é uma dor persistente atrás dos olhos, que pode não acometer todas as pessoas.

Essa primeira fase pode levar entre dois e sete dias e simplesmente desaparecer. Entre o terceiro e o sétimo dia da infecção, algumas pessoas atravessam uma fase mais crítica, com dor abdominal, inchaço, alterações na pele e piora do quadro geral, o que pode alterar os resultados dos exames. A fase final é quando o paciente vai aos poucos voltando à normalidade. “O ciclo completo da infecção pode levar em torno de 10 dias e a maioria das pessoas vai apresentar sintomas bem ruins, mas que passam”, disse.

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