A raiva é uma doença causada por vírus e altamente letal. É transmitida ao homem quando a saliva de cães, gatos, bovinos, cavalos, porcos e morcegos infectados entra em contato com a pele ou mucosa por meio de mordida, arranhão ou lambedura do animal. O vírus ataca o sistema nervoso central de mamíferos, levando à morte após pouco tempo de evolução.
Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, desde 2006 não havia registros da doença diagnosticados. Um caso de raiva felina apareceu em dezembro de 2013, na cidade de Passa Sete, no Vale do Rio Pardo. Embora o Rio Grande do Sul seja considerado área controlada para raiva animal no ciclo urbano, é necessário atenção, pois há circulação viral entre bovinos, equinos e morcegos em quase todo território gaúcho.
Na cidade de Santa Cruz do Sul, segundo dados da Vigilância Sanitária, são registradas cerca de 25 notificações por mês, envolvendo pessoas feridas por animais. De acordo com a médica-veterinária, Daniela Votto Klafke, do departamento de Vigilância e Ações em Saúde, a orientação é, após ser vítima de mordida, adotar uma medida caseira bem simples. “A ferida deve ser limpa com água e sabão, mas o paciente deve procurar uma unidade de saúde para fazer o tratamento indicado e notificar o ocorrido”, orienta.
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No caso de mordida por cães e gatos, o animal deve ser observado por um período de dez dias, mesmo se for vacinado. Se o animal apresentar mudança brusca de comportamento ou salivação abundante, falta de apetite ou paralisia nas patas traseiras, são sinais da raiva. “Caso o cão ou gato morra durante o período de observação, procurar o serviço de saúde e vigilância sanitária para encaminhamento de exames, gratuitos, do animal e início do esquema vacinal”, explica a médica-veterinária.
A agressão por animais como boi, cavalo ou porco deve ser tratada de imediato, assim como as vítimas de agressões por morcego, considerados grandes transmissores. “Nesses casos, deve-se proceder a sorovacinação imediata”, afirma Daniela.
Em agosto de 2016, a Vigilância Sanitária, em parceria com a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), promoveu uma campanha de vacinação antirrábica para cães e gatos, totalizando 1.130 animais vacinados. “É importante que a população mantenha seus animais vacinados”, alerta. Para mais informações, ligue (51) 3715 1546 ou pelo WhatsApp (51) 98443 0312.
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