O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) promoveu nesta quarta-feira, 29, em Santa Cruz do Sul, uma rodada de negócios no setor de alimentos e bebidas. O evento, realizado à tarde na sede do Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios (Sindigêneros), colocou empresários dos ramos de supermercados, restaurantes, padarias e assemelhados frente a frente com pequenos e médios proprietários de agroindústrias e que têm interesse de se inserir em novos mercados e aumentar as vendas.
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Segundo o consultor e coordenador do programa Comércio Brasil no Rio Grande do Sul, Jankel Dal’Osto, a consultoria do Sebrae não chega somente na forma de capacitação para as empresas; busca também auxiliar os empreendedores a estruturarem o setor comercial e alavancar as vendas. “O que nós estamos fazendo aqui hoje é reunir empresas de alimentos que possuem produtos únicos no Estado, coisas que você não encontra em outros lugares.”
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Explica que a região dos Vales é muito rica em produtos alimentícios próprios e o objetivo do evento é mostrar esses itens, que vão desde sucos e vinhos até carnes e embutidos, para estabelecimentos interessados em revendê-los. “Temos produtores aqui que se aproximaram de grandes redes do varejo, restaurantes e marcas importantes por meio do consultor do Sebrae, que entende o produto, estrutura o setor comercial da empresa e leva ela a novos compradores.” A ideia é inserir a produção das agroindústrias em novos mercados e expandir a possibilidade de negócios, que muitas vezes ficam limitados a eventos e ao comércio local, fora do alcance do consumidor amplo.
Já a consultora Nicéia Wünsch, uma das responsáveis pela organização, explica que a rodada de negociações é uma espécie de feira, “As empresas que possuem produtos diferenciados podem procurar a regional do Sebrae porque no ano que vem haverá uma nova edição.” Ela ressalta, contudo, que o empreendimento precisa ser acompanhado pelo Sebrae em alguma outra plataforma.
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“Acontece muito de a empresa não estar preparada para vender. O produto é ótimo, mas ainda não está totalmente desenvolvido e testado”, observa Nicéia. Segundo a especialista, um dos pontos a serem observados é a capacidade de produção.
“Não adianta eu ter um bom produto e não ter condições de produzir em escala.” Toda essa preparação é feita em parceria com o Sebrae e culmina na apresentação ao público em algum dos eventos do Comércio Brasil. Nesta edição, cada uma das 21 agroindústrias participantes fez, em média, dez novos parceiros comerciais.
Para o produtor Felipe Eduardo Poetter, de 25 anos e um dos responsáveis pela Agroindústria Poetter, de Vera Cruz, a consultoria do Sebrae foi um divisor de águas na história da empresa. “Nós estávamos acostumados a trabalhar de cabeça baixa, com foco na produção. Com o comércio eletrônico e a participação na rodada de negociações, conseguimos abrir novos horizontes e ir além do que estávamos programados para atender.”
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Ele recorda que, antes do auxílio do Sebrae, os compradores do mel produzido pela família eram os estabelecimentos locais e visitantes de eventos. “Agora temos representante em Porto Alegre e buscamos inserção em outras cidades. Isso vai elevar em torno de 50% o nosso volume de vendas”, acrescenta.
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