O prefeito de Santa Cruz do Sul, Telmo Kirst (PSD), não gostou da sugestão dada pela Agência Reguladora dos Serviços Públicos Delegados de Santa Cruz do Sul (Agerst) durante a audiência pública para anúncio do cálculo do novo valor da passagem de ônibus. No encontro, realizado na última quinta-feira, uma das propostas levantadas para frear o aumento envolvia os cofres do Município. A ideia seria a Prefeitura bancar a diferença das passagens estudantis e o custo das passagens de aposentados. Segundo a agência, o valor, estimado em R$ 160 mil mensais, seria capaz de manter a tarifa nos atuais R$ 4,25 por pelo menos mais um ano.
Em nota, o prefeito disse que a Agerst foi criada para ajudar a comunidade e não para tentar comprometer as finanças da Prefeitura, propondo benemerência como o subsídio de R$ 160 mil por mês. “Se for para isso, não precisamos de agência reguladora. Eles que aprendam a fazer cálculos e não jogar o compromisso nas contas da Prefeitura”, criticou.
“Se os empresários acham ruim, que entreguem a concessão”
O prefeito mandou um recado para o Consórcio TCS, vencedor da licitação do transporte coletivo. Alegando redução de 39 mil passageiros por mês, as empresas pediram à Agerst, no início do mês, a revisão da tarifa para o valor de R$ 4,80. A agência refez o cálculo e apontou que a passagem deveria custar R$ 4,45. Ao TCS, Telmo disse que “se os empresários estão achando o negócio ruim, vendam ou entreguem a concessão. Sempre há quem compre”.
O contraponto
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O presidente da Agerst, Auro Schilling, informou à Gazeta do Sul que não iria se manifestar sobre o caso. Segundo ele, na segunda-feira ocorre uma reunião entre a agência e a Administração, conforme solicitou o Ministério Público na audiência da última quinta-feira.
Procurado, o gerente do Consórcio TCS, Zaqueu Paulo Forgiarini, disse que o consórcio não responde ao prefeito Telmo. Segundo ele, a sugestão de subsídio às gratuidades foi dada pela agência e é a ela que o Município deve responder. Forgiarini reforçou que o consórcio cumpre o que prevê o contrato e apenas busca uma solução para o equilíbrio econômico-financeiro, prejudicado pelo valor atual das passagens do transporte coletivo urbano.
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