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Se bandeira vermelha se confirmar, atividades práticas voltam a ser suspensas

A presença de estudantes na Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) para atividades práticas, que havia sido permitida em 24 de junho, deve ser novamente suspensa se a bandeira vermelha para a região for confirmada nesta segunda-feira, 13. A cor, no modelo de distanciamento controlado do governo do Estado, indica risco alto com relação à pandemia de Covid-19 e prevê medidas mais rígidas de contenção da doença.

“Até o momento, vínhamos trabalhando com toda a adequação de protocolos de acordo com a bandeira laranja. Se seguir a vermelha, as atividades práticas e de laboratórios, que envolvem a presencialidade de estudantes, técnicos administrativos e professores, estarão suspensas por duas semanas, que é o tempo de reavaliação de uma bandeira vermelha”, explicou a diretora de Ensino da Unisc, Giana Diesel Sebastiany, em entrevista aos jornalistas Maria Regina Eichenberg e Leandro Porto, no programa Rede Social, da Rádio Gazeta FM 107,9, na sexta-feira, 10.

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Segundo semestre deve começar no dia 24 de agosto

A universidade divulgou nessa sexta-feira, 10, em sua comunidade acadêmica uma nota na qual informa que, a princípio, o reinício das atividades no segundo semestre deverá ocorrer em 24 de agosto. No entanto, a confirmação dessa data vai depender dos condicionantes associados ao comportamento da pandemia de Covid-19 até aquele momento, e seu cenário no Brasil, no Rio Grande do Sul e na região.

A diretora de Ensino Giana Diesel Sebastiany comentou essa decisão e enfatizou que, ainda assim, algumas atividades relativas ao primeiro semestre também tendem a avançar ao longo da segunda metade do ano. Giana lembrou que, com a interrupção das aulas presenciais por causa da pandemia, ainda em março, conteúdos teóricos em diferentes cursos até puderam ser conduzidos pelos professores em plataforma online, com mediação remota. Essas tarefas a distância puderam ser finalizadas no dia 8 de julho.

Giana: dependerá da situação da Covid-19

Porém, ela salientou que as várias disciplinas e os módulos práticos, em virtude da necessidade de serem presenciais, poderão avançar por agosto ou setembro. “Assim, a tendência é de que teremos um segundo semestre letivo se iniciando ao final de agosto, mas com várias atividades referentes ao primeiro semestre também ainda acontecendo”, referiu. “Isso exigirá um planejamento e um acompanhamento de diversos calendários, de acordo com as atividades que já foram cumpridas e as que ainda precisam ser cumpridas.”

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Giana ressaltou que a universidade se orienta, em termos de planejamentos, rigorosamente por aquilo que tem sido pautado pelo Conselho Nacional de Educação, com as determinações federais a respeito do que é possível ou permitido para o ano letivo de 2020. O norte constante é a prevenção em relação ao novo coronavírus.

“O conselho inclusive orienta que se pense 2020 e 2021 como um contínuo, no sentido de que muitas das questões que não puderam ou não puderem ser trabalhadas sejam retomadas em 2021”, acrescentou a diretora. “Acreditamos que a pandemia nos trouxe um ensinamento sobre a flexibilidade, sobre a capacidade e a necessidade de nos adaptarmos muito rápido a novas situações, e que isso certamente veio para ficar.”

Ela ainda informou, na entrevista ao Rede Social, que a preocupação da Unisc é de que os estudantes possam cumprir as atividades de cada curso conforme o previsto, tanto em termos de aprendizagem quanto em relação aos necessários aspectos sanitários. A universidade adotou e implantou protocolo de cuidados que segue as orientações das áreas da saúde em níveis federal, estadual e municipal. Essas precauções incluem medição da temperatura de cada pessoa no acesso a todos os prédios.

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Estágios

A diretora de Ensino da Unisc, Giana Diesel Sebastiany, lembrou ainda que, além do início de algumas atividades práticas no dia 24 de junho, os estágios das licenciaturas referentes ao primeiro semestre letivo, por exemplo, estão na dependência da retomada das aulas nas redes municipal e estadual, mesmo que em algum caso de forma remota. Assim, tais estágios devem avançar ao longo do segundo semestre.

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Sobre o aproveitamento para a carga horária de atividades executadas de forma remota pelos professores junto aos alunos, Giana lembrou que as universidades têm essa prerrogativa em termos legais, até dezembro. Assim, algumas dessas atividades podem ser contabilizadas como carga horária para os cursos, sem nenhum prejuízo para os estudantes.

Ela ressaltou que, em algumas situações, os professores transferiram para ambiente virtual, em forma de aulas-síncronas, exercícios ou conteúdos teóricos, mas isso não configura a mesma metodologia proposta no ensino a distância, EAD, pois nesse caso o planejamento do curso já é todo voltado a esse sentido. “Ao longo desse período em que há os reflexos da pandemia, temos sempre que pensar em atividades remotas ou síncronas que de fato garantam a plena aprendizagem”, observou.

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