É trabalho da Polícia Civil de Santa Cruz do Sul desvendar o mistério que conecta dois homicídios ocorridos nesta semana. Os assassinatos de Cleison dos Santos, de 21 anos, cujo corpo foi localizado às 13h30 de terça-feira; e de Alex Fabiano Ramos Corrêa, de 48 anos, morto a tiros na sequência da mesma tarde, são investigados pela 2ª Delegacia de Polícia (2ª DP).
Os detalhes são mantidos em sigilo pelo delegado Alessander Zucuni Garcia, com intuito de não prejudicar as diligências. Contudo, sabe-se que o homem de 48 anos assassinado era pai de uma suposta namorada do jovem, que foi encontrado morto em uma cova rasa, no mato, junto ao Loteamento Santa Maria, por moradores das redondezas. Estava sem roupa, degolado e com cortes de facão nas costas e rosto.
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Boatos a respeito das motivações dos assassinatos circulam na Zona Sul da cidade. Entre as hipóteses prováveis para os crimes, o delegado confirma que o homicídio de Cleison pode ter fundo passional, e que o de Alex seria uma represália pela morte do jovem. “São linhas investigativas possíveis, mas que precisam de confirmações. Ainda é cedo e a polícia não trabalha com boatos. Precisamos de provas para confirmar tais suspeitas e estamos trabalhando para encontrar evidências e os autores.”
A possibilidade de novos atentados envolvendo pessoas próximas aos falecidos deixou as forças de segurança em alerta. Nesta semana, a Brigada Militar realizou uma operação na Zona Sul da cidade, com intuito de ocupar bairros conflagrados pela criminalidade, entre eles o Dona Carlota e o Santuário, onde ocorreram os dois homicídios. Parte do trabalho dos policiais consistiu em ocupar as imediações de onde acontecia o velório de Alex Corrêa, no Bairro Santa Vitória, a fim de evitar um possível confronto.
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“Se a comunidade resolver fazer vingança, vai ser uma barbárie. Nos trazem preocupação os boatos que correm, a partir de crimes dessa gravidade e com a proporção que tomaram, porque percebemos que alguém pode, em algum momento, ouvir um boato, crer que é verdadeiro e sair matando pessoas inocentes”, disse Alessander. “A polícia, para indiciar, busca elementos substanciais para fazer os responsáveis responderem perante a lei. Nesse pensamento de fazer justiça com as próprias mãos, as pessoas podem estar cometendo um crime e fazendo uma injustiça maior ainda”, complementou.
Conforme o delegado Alessander Zucuni Garcia, até o momento, não há nenhuma confirmação sobre o envolvimento de Alex Corrêa no homicídio do jovem Cleison dos Santos. “Se no final da investigação confirmar a hipótese da represália neste segundo homicídio, vão ter matado um inocente, pois até o momento não há nenhum elemento, mínimo que seja, de que a vítima Alex participou do assassinato de Cleison”, revelou Garcia.
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“No curso da investigação, podemos descobrir algo que mude essa hipótese, mas precisa ficar claro que, até agora, não houve qualquer indício apurado sobre o envolvimento dele no primeiro caso. Nossa investigação segue, mas não podemos revelar muitas informações. Estamos ouvindo testemunhas e tentando encontrar imagens de câmeras, na busca por identificar um contexto real dessas duas situações”, finalizou o delegado Alessander.
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