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Saúde reduz em 14,5 milhões a estimativa de entrega de vacinas em maio

Novo cronograma com estimativa de recebimento de doses das vacinas contra Covid-19 pelo Brasil prevê uma redução de 14,5 milhões de doses a serem recebidas no mês de maio na comparação com o que era esperado pelo Ministério da Saúde. Antes, a previsão era receber 46,9 milhões de vacinas no próximo mês. Agora, com a atualização, há expectativa de 32,4 milhões de doses. Para junho, a queda é menor, de 56,550 milhões para 54,257 milhões.

Após um mês, o Ministério da Saúde atualizou no sábado o cronograma de previsão de entrega de vacinas para o Brasil, com menos doses a serem recebidas neste primeiro semestre do que estimado pela gestão de Eduardo Pazuello. A divulgação do novo calendário foi feita em uma coletiva para jornalistas, após o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), dar cinco dias para o governo atualizar periodicamente as informações sobre o tema.

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Uma das explicações para a queda da expectativa é que dados da Sputnik V e Covaxin, imunizantes ainda sem aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), ficaram de fora dessa nova versão por não terem a autorização de uso no País. Anteriormente, o governo previa 10 milhões de doses do imunizante russo e 20 milhões do indiano, com lotes chegando ao Brasil a partir de março até junho.

Além disso, a entrega de 8 milhões de doses da Aztrazeneca pela Índia foi postergada para o terceiro trimestre deste ano. Para o mês de abril, a queda nas previsões de entrega de vacinas ao País foi de 20,7 milhões de doses. O número esperado para o mês era de 47,329 milhões de vacinas e o cronograma atual prevê a remessa de apenas 26,608 milhões de doses.

Economia freia reforço no orçamento

O Ministério da Saúde solicitou verba extra para compra de mais vacinas, medicamentos de intubação e para o custeio de leitos, mas teve de reduzir os pedidos imediatos após questionamentos do Ministério da Economia. A equipe de Paulo Guedes cobrou mais informações antes de liberar o crédito adicional e questiona até a chance de a pandemia de coronavírus arrefecer no País. A opção da pasta é a de repassar o dinheiro a conta-gotas, em parcelas menores, de acordo com a necessidade e a evolução da doença.

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Como resultado, o governo liberou R$ 2,7 bilhões, por meio de medida provisória (MP) na semana passada, valor abaixo dos R$ 15 bilhões que pedia a Saúde. A mudança fez a expectativa de compra de kits de intubação cair pela metade. Com cerca de 17,5% do pedido atendido, a Saúde ainda aguarda o aval para receber outros R$ 8,5 bilhões para comprar mais vacinas.

Queiroga tenta antecipar doses para este ano e negocia mais 100 milhões de unidades da vacina da Pfizer para serem aplicadas em 2022. Em ofícios trocados entre as pastas, a equipe de Guedes, por sua vez, pede o detalhamento sobre os contratos já firmados, além de qual volume ainda deve ser adquirido e quando os novos lotes serão entregues.

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