O aditivo do contrato entre o Município de Santa Cruz do Sul e a Corsan Aegea assinado em agosto começa a trazer retornos. A empresa assumiu os serviços de fornecimento de água e saneamento em todas as cidades gaúchas onde a estatal tinha concessão. Antes de chegarem os recursos em investimentos nas áreas-fim da organização, a Prefeitura recebeu os primeiros R$ 10 milhões de adicional pela ampliação do prazo contratual em oito anos. Outra cota, de mesmo valor, deve ser acrescida em até 90 dias, após a oficialização do documento.
Conforme o secretário de Planejamento e Governança, Everton Oltramari, o Executivo elaborou e encaminhou para a Câmara de Vereadores, que votou em sessão extraordinária, projeto para a incorporação contábil no orçamento, haja vista não haver previsão. Além da pavimentação de vias públicas, que receberá R$ 4 milhões, também serão beneficiadas áreas como a Saúde, com R$ 3 milhões; Meio Ambiente (R$ 2 milhões); Desenvolvimento Social (R$ 500 mil); Esporte (R$ 300 mil); e Serviços Públicos (R$ 200 mil).
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O vice-prefeito e secretário da Saúde, Elstor Desbessell, ressaltou que esse valor vem em parte pelo percentual que a Saúde teria direito em razão de ser recurso livre. “Porém, ressalta-se o olhar da administração em cada vez melhorar a qualidade dos serviços de saúde do nosso município. Investir na Saúde é dar qualidade de vida aos munícipes”, reforçou.
Apesar de ter destinação específica, como a atenção hospitalar, a UPA do Bairro Esmeralda, a transferência ao Cisvale, a assistência farmacêutica e ao Hospitalzinho, Desbessell acredita que o recurso virá para auxiliar de forma coletiva toda a área da saúde.
Com a desestatização da Corsan, com vistas a agilizar o processo para atender às exigências do marco regulatório do saneamento, Santa Cruz do Sul iniciou negociação com a Corsan Aegea. O aditivo contratual ampliou para R$ 555 milhões em investimento da empresa, no prazo de dez anos, para cumprir as metas: 99% da população com água tratada e 90% com coleta e tratamento de esgoto, até 2033. Além disso, com a ampliação de oito anos na vigência contratual, a organização assumiu o compromisso do repasse de R$ 20 milhões, em duas partes, a serem pagas ainda em 2023. A primeira teve a destinação definida.
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Ao comemorar a chegada do recurso, que vem sem a necessidade de devolução ou contrapartida do Executivo, o secretário de Planejamento e Governança, Everton Oltramari, destacou a importância da destinação à saúde pública, em especial. “Todo o dinheiro destinado à saúde atinge diretamente a população que mais precisa pois proporciona mais atendimentos, mais consultas, mais exames, mais medicamentos. Investir em saúde significa mais qualidade de vida à população”, justificou.
Os valores serão direcionados a diferentes ações e atividades desenvolvidas no município (veja abaixo). Com isso, a expectativa é contemplar um número significativo de pessoas em diferentes áreas e iniciativas desenvolvidas com a população.
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Durante a votação do projeto na Câmara, alguns vereadores, como Leonel Garibaldi (Novo), defenderam a agilização do investimento pesado no fornecimento de água e tratamento de esgoto. “A maior contrapartida que teremos é o saneamento. Não podemos admitir que tenhamos pouco mais de 25% de esgoto tratado em Santa Cruz”, disse o líder do governo, Henrique Hermany (PP).
Alberto Heck (PT) foi o único que não votou de forma positiva ao projeto. Ele absteve-se. “Entendo que deveria ter havido mais prazo para discutirmos prioridades, e que elas fossem definidas com a comunidade. Achamos fundamental investir em saúde e melhorias para a população. Mas esse recurso poderia dar preferência para a adoção de medidas necessárias na área do saneamento”, afirmou. Heck já havia criticado o processo de urgência do texto.
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