No primeiro ano de pandemia de Covid-19, a prevalência global de ansiedade e depressão aumentou 25%, de acordo com um resumo científico feito pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A preocupação com um possível aumento desse número levou 90% dos países pesquisados a incluir saúde mental e apoio psicossocial em seus planos de resposta à pandemia.
Nesse contexto, algumas pessoas vêm buscando um complemento por meio da saúde integrativa, para tratar não somente os sintomas, mas também prevenir o adoecimento. A saúde integrativa é um conjunto de práticas que auxiliam a restaurar o equilíbrio físico, mental, emocional e espiritual. Esse movimento reúne profissionais de várias áreas, como médicos, psicólogos, biomédicos, farmacêuticos e enfermeiros, entre outros.
O objetivo é trabalhar de forma interdisciplinar, sendo um modelo de tratamento que foca na saúde e na cura. Nesse conceito, utilizam-se as práticas integrativas complementares (PICs), que são reconhecidas pela OMS. Como o nome diz, elas são integrativas, devem complementar tratamentos recomendados pelos profissionais da saúde e não substituem orientações e prescrições medicamentosas feitas para cada paciente.
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As PICs utilizam recursos terapêuticos baseados em conhecimentos tradicionais, voltados para a prevenção de doenças como depressão e hipertensão. Em alguns casos, também podem ser usadas como recursos paliativos para problemas crônicos. Dentro das muitas opções estão ioga, reiki, uso de florais quânticos, meditação, apiterapia e cromoterapia, entre outras. Esse serviço é encontrado no Sistema Único de Saúde, geralmente aliado a outro método, além de clínicas de saúde e bem-estar.
Em Santa Cruz do Sul, por conta da pandemia de Covid-19, os postos que ofereciam as práticas integrativas acabaram suspendendo os atendimentos para priorizar o problema sanitário. Entretanto, a gestão municipal já planeja a retomada.
O programa, que está em fase inicial, deve oferecer práticas como: fitoterapia, reiki, lian gong, meditação, auriculoterapia, acupuntura, dança circular, arteterapia, cromoterapia e aromaterapia.
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É importante salientar que, cada vez mais, a medicina entende que o ser humano não é simplesmente um corpo, mas um ser integrado. Cientistas e pesquisadores da área da saúde vêm dedicando tempo para estudar a medicina vibracional. Esta ciência enxerga o corpo como uma máquina energética que pode ser tratada por métodos alternativos. Entre esses métodos, os florais atuam pelo princípio do potencial energético das flores, desenvolvido inicialmente pelo Dr. Edward Bach, médico renomado que viveu na década de 1930 na Inglaterra.
Posteriormente, os florais foram aperfeiçoados, partindo da descoberta de que eles têm energias e potências vibracionais de cura. “Eles consideram não só o corpo físico, mas também os campos energéticos sutis, onde o ser humano é visto de forma integral nos aspectos físico, mental e emocional. Ao mesmo tempo em que são todos ligados, eles são interdependentes, funcionando em um sistema em que o desequilíbrio de um pode afetar o outro”, explica Fátima Siqueira, especialista em terapia floral quântica e proprietária do Espaço De Vie.
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A linha de florais quânticos não possui princípio ativo medicamentoso, isto é, não são remédios convencionais. Eles atuam por meio de ressonância vibratória energética, interagindo com a energia vital do nosso corpo. Por isso, qualquer pessoa pode fazer uso deste produto, sem contraindicação, independente da idade. Inclusive, existe uma linha especial para bebês, crianças e pets. Entretanto, o produto deve ser indicado por um terapeuta floral quântico, além de médicos, fisioterapeutas e farmacêuticos que tenham conhecimento do assunto.
Os florais não atuam diretamente na cura de uma doença. Por exemplo, em um caso de gastrite, podem agir na ansiedade, uma possível causa do problema. Eles estão disponíveis em gel, para serem aplicados na pele, atuando de maneira sensorial, e em gotas, que podem ser consumidas de forma direta, porque os florais agem nas papilas da língua. “Nossa boca tem uma conexão com todo o nosso organismo, sistema sensorial, neocórtex, sistema reptiliano, entre outros. Logo, os florais não agem no intestino, e sim na energia” complementa Fátima.
Segundo ela, tudo pode ser tratado com florais. Ela conta que existem diversos tipos (para imunidade, foco e concentração, ansiedade), mas sempre recomenda um em específico. “Todos deveriam usar o Bioquantic. Ele neutraliza as energias eletromagnéticas. Como estamos expostos às radiações, é algo que faria bem a todos”, refere.
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Vale ressaltar que, para utilizar esse recurso terapêutico, é importante buscar orientação de um profissional qualificado. E lembrando ainda que os métodos citados não excluem os tratamentos médicos indicados.
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O reiki é uma terapia complementar relativamente nova. Ele surgiu na década de 1920, quando o japonês Mikao Usui passou 21 dias no Monte Kurama, em seu país, e lá teria entrado em contato com uma forma de energia diferente e criado um jeito de propagá-la. A partir daí, Mikao sistematizou o método e, junto com um médico, teria repassado o ensinamento a vários alunos.
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A terapia consiste na captação e transferência de energia com as mãos. “Sabe quando entramos em um lugar e parece que o sentimos pesado ou leve? Isso é a energia do local; nós também somos energia”, explica Janaína Staub, esteticista e aplicadora de reiki na Clínica Antonio’s. Na prática, nosso corpo contém os chakras, que são pontos energéticos espalhados. Há vários deles, mas geralmente são trabalhados os sete chakras que estão no tronco do corpo. A energia é transmitida a esses lugares, promovendo o equilíbrio geral e a sensação positiva.
O profissional que aplica deve ser especializado, pois, durante a sessão, pode reter energia do paciente, conta Janaína. “Nós fizemos uma proteção, até para nós não transmitirmos algo ao cliente. Às vezes, atendo alguém que está tendo muita dor de cabeça, e acabo sentindo também, mas mentalizo para me livrar do que não é meu. Isso acontece porque entramos na frequência energética das pessoas.”
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Em uma conversa prévia, o reikiano pode ou não questionar se há relatos de dores ou incômodos em alguma região do corpo, para assim concentrar o atendimento no lugar necessitado. Além disso, o toque no paciente é relativo a cada profissional. “Nós, como aplicadores, temos intuições. Quando estou fazendo (o atendimento), eu sinto um desequilíbrio. Pode ser que o paciente esteja com dor de estômago, com dor de cabeça, e ali canalizamos a energia para equilibrar”, exemplifica Janaína. A experiência durante a sessão é muito pessoal. Janaína explica que alguns pacientes relatam sensação de formigamento, profundo relaxamento, presença de outras pessoas na sala e alguns até pegam no sono.
Não há uma indicação específica de quem precise fazer o reiki. A profissional conta que pode ser feito a qualquer momento. “Se você está bem, feliz, pode fazer para manter o equilíbrio, mas geralmente as pessoas procuram quando estão sem energia, cansadas e esgotadas emocionalmente. Tudo pode ser tratado com reiki. Muitas vezes, o problema físico é um reflexo do emocional”, conclui.
Segundo crenças orientais, os chakras são centros de energia que regem nossa estabilidade física, intelectual, espiritual e emocional. Já a palavra tem um significado bem explicativo: vem do sânscrito e significa roda. Acredita-se que eles são vórtices, agindo como uma antena que recebe e transmite sinais de energia vital em pontos específicos do corpo. Há quem diga que existem de 32 até 88 mil chakras, mas geralmente se trabalha com os sete principais. Confira:
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