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Saúde dos olhos: falta de informação é um grande risco à visão

Um dos sentidos mais utilizados no dia a dia não tem recebido o cuidado que merece. Ao menos foi isso que mostrou um levantamento do Ibope Inteligência, o qual revelou a desinformação sobre a importância da rotina da consulta oftalmológica, apontando que 45% do público pesquisado no Rio Grande do Sul sequer sabe o que é o glaucoma.

A pesquisa chamada Um olhar para o glaucoma no Brasil contou com a participação de 2,7 mil internautas com mais de 18 anos. No caso do Rio Grande do Sul, três a cada 11 pessoas disseram que só procuram o oftalmologista quando sentem algum incômodo nos olhos. O número chama a atenção e reforça o alerta quanto à necessidade de se manter uma frequência de consultas. Inclusive, outubro foi eleito o Mês Mundial da Visão, com o objetivo de ressaltar a relevância dess tema.

Embora exista uma associação de que o oftalmologista deve ser consultado por quem usa óculos, a recomendação é diferente. Segundo o médico oftalmologista Douglas Weiss, as idas ao médico devem fazer parte da vida de todos. Ao menos uma vez por ano, ele destaca que é importante verificar as condições dos olhos. Na consulta de rotina, os exames realizados são os de refração, para aferir o grau dos óculos ou a necessidade de uso; a biomicroscopia, na qual são avaliadas as estruturas do olho; a fundoscopia, para avaliar a situação da retina; e a tonometria, que é a medida da pressão intraocular. Esse último teste é fundamental para diagnosticar a presença de glaucoma, considerado hoje a principal causa de cegueira irreversível.

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Segundo Weiss, o glaucoma é assintomático e por isso requer atenção de todos. “Se não for diagnosticado cedo, quando a pessoa perde a visão já não há o que se fazer”, alerta. Para pacientes que tenham glaucoma, que é uma doença que aumenta a pressão interna do olho, as consultas devem ser mais frequentes dependendo da gravidade. “O glaucoma pode ser prevenido com exame. Se identificar, pode tratar com colírios que baixam a pressão dos olhos, o que evita a cegueira. Quem faz o tratamento consegue preservar a visão”, salienta Douglas Weiss.

De olhos bem abertos

Entre os transtornos mais comuns identificados no dia a dia dos consultórios estão os erros refrativos, como a miopia, hipermetropia e astigmatismo (referem-se ao grau dos óculos). Outros que integram a lista são a catarata, degeneração de mácula, doenças de superfície ocular, como olho seco e conjuntivite, e glaucoma. A catarata, embora cause cegueira, é reversível e pode ser tratada com cirurgia. “Programas de conscientização e esclarecimento à população ajudam, mas o principal é ter em mente que uma vez ao ano precisa consultar”, ressalta Douglas Weiss. 

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Cada vez mais pessoas têm fixado os olhos em telas de celulares, tablets e computadores. Comparando esse fenômeno a uma pandemia, o oftalmologista observa que isso pode causar aparecimento e aumento da miopia. Outros sintomas são dor de cabeça, estresse, fadiga, cansaço. “Ficar muito tempo nas telas gera um esforço acentuado que o olho não deveria fazer. O olho não foi feito para isso. É importante saber intercalar os momentos de descanso”, avisa.

Segundo ele, o ideal é após uma hora de uso, parar, olhar para o longe por algum tempo e retomar a atividade. “Com isso, modifica-se o ponto focal e o olho trabalha melhor. Senão, o músculo que faz o foco trabalha só para perto e isso faz aumentar o risco de miopia e dor de cabeça. Ainda há o risco do olho seco: quando ficamos muito tempo olhando para as telas, piscamos menos. Isso pode causar uma ceratite, que é a inflamação na córnea.” 

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Naiara Silveira

Jornalista formada pela Universidade de Santa Cruz do Sul em 2019, atuo no Portal Gaz desde 2016, tendo passado pelos cargos de estagiária, repórter e, mais recentemente, editora multimídia. Pós-graduada em Produção de Conteúdo e Análise de Mídias Digitais, tenho afinidade com criação de conteúdo para redes sociais, planejamento digital e copywriting. Além disso, tive a oportunidade de desenvolver habilidades nas mais diversas áreas ao longo da carreira, como produção de textos variados, locução, apresentação em vídeo (ao vivo e gravado), edição de imagens e vídeos, produção (bastidores), entre outras.

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Naiara Silveira

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