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Aedes aegypti

Saúde confirma primeiro óbito por dengue no Rio Grande do Sul neste ano

El Niño e altas temperaturas favorecem aumento de casos de dengue

Aedes aegypti, transmissor da dengue | Foto: Rodrigo Méxas e Raquel Portugal / Acervo Fiocruz Imagens

O Laboratório Central do Estado (Lacen) confirmou nesta quinta-feira, 16, o primeiro óbito por dengue do Rio Grande do Sul em 2023. Trata-se de uma mulher, de 49 anos, residente do município de Bento Gonçalves. Os sintomas iniciaram na última quinta-feira, 9. Ela apresentou febre, mialgia (dor muscular), cefaleia (dor de cabeça), náuseas, vômitos, dor abdominal, inapetência e dispneia. A paciente tinha histórico de hipertensão arterial. A mulher internou nessa terça, 14, e o óbito ocorreu nessa quarta-feira, 15.

Cenário no Rio Grande do Sul

Em 2023 já foram confirmados 786 casos autóctones no Rio Grande do Sul – quando o contágio ocorreu dentro do Estado. Já em 2022, foram registrados os maiores índices da doença em toda série histórica. Houve mais de 57 mil casos autóctones, outros 11 mil casos importados (quando o contágio ocorreu fora do Estado) e 66 óbitos em virtude da dengue. Os dados deste ano estão atualizados até 15 de março.

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Ações do Governo do Estado

O combate à dengue no Estado teve, neste ano, um investimento extra por parte da Secretaria Estadual da Saúde. Um repasse financeiro no total de R$ 5.535.000,00 foi destinado em fevereiro aos municípios para a implementação de ações voltadas ao enfrentamento das arboviroses (Dengue, Chikungunya e Zika). Os repasses são para manutenção e estruturação das ações das Equipes de Saúde da Família e das Unidades de Saúde da atenção primária do Sistema Único de Saúde (SUS).

Os repasses serão feitos mediante a apresentação de Planos Municipais de Contingência para Arboviroses, onde são descritos os objetivos de qualificar o diagnóstico e o atendimento à população, além da prevenção à circulação do mosquito.

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A dengue

A dengue é uma doença causada por um vírus transmitido pela picada do mosquito Aedes aegypti. Os principais sintomas são febre alta (39°C a 40°C), com duração de dois a sete dias, dor atrás dos olhos, dor de cabeça, dor no corpo, dor nas articulações, mal-estar geral, náusea, vômito, diarreia, manchas vermelhas na pele com ou sem coceira. Os sinais podem agravar, ocasionando o extravasamento de plasma e/ou hemorragias que podem levar a pessoa ao choque grave e morte.

Ao apresentar sintomas, a pessoa deve procurar um serviço de saúde, ingerir muita água e evitar uso de medicamentos por conta própria. O serviço médico fornecerá as orientações necessárias para cada caso. Algumas informações gerais são importantes: repousar, passar repelente corporal (pois assim evita que o mosquito se infecte), utilizar roupas que cubram braços, pernas e pés (diminuindo as áreas disponíveis para o mosquito se alimentar), e usar mosquiteiro, principalmente em pessoas acamadas.

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O diagnóstico de casos suspeitos deve levar em consideração as questões clínicas (sintomas) e epidemiológicas, como por exemplo, se o local de moradia ou trabalho é infestado pelo mosquito ou se existem outras pessoas com dengue na região.

Os exames laboratoriais são auxiliares na investigação, e não é necessário saber o resultado para iniciar tratamento. Para essas suspeitas, podem ser realizados exames de laboratório inespecíficos (como hemograma com contagem de plaquetas) e específicos, que pesquisam a presença do vírus no corpo ou então anticorpos que reagiram à presença do vírus.

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Como prevenir a dengue

A principal forma de evitar a doença é a eliminação dos potenciais criadouros do mosquito transmissor. O inseto se reproduz em locais com água parada, por isso, algumas das principais recomendações previstas são:

  • Eliminar água parada dos pratinhos e vasos de plantas
  • Manter caixas d’água tampadas
  • Colocar tela nos ralos de água da chuva
  • Secar pneus e protegê-los da chuva
  • Limpar calhas da residência
  • Escovar os pratos e trocar a água dos pets (uma vez por semana)
  • Manter piscinas limpas e com água tratada.

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