Daqui a 15 dias, o governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori, irá se reunir novamente com representantes do Tesouro do Estado e da Secretaria do Tesouro Nacional, em Brasília. O objetivo do encontro é dar seguimento aos estudos relativos à dívida do Estado. O secretário do Tesouro Nacional, Marcelo Saintive, repassou a informação ao governador em audiência realizada na manhã desta quarta-feira, 12.
“Serão levantadas possibilidades de futuras situações em que a Secretaria do Tesouro poderá ser demandada”, disse o governador, ressaltando que o Estado fez uma opção ao quitar a folha de pagamento dos servidores. “Esperamos compreensão e solidariedade ativa em relação às finanças do Rio Grande do Sul e vamos continuar esse diálogo de forma permanente”, completou Sartori.
Na reunião, o governador estava acompanhado do subsecretário do Tesouro do Estado, Leonardo Maranhão Busatto, e do procurador-geral do Estado, Euzébio Ruschel. Ele ressaltou ainda que o governo gaúcho está fazendo o seu ajuste fiscal e que a União também vem trabalhando para equilibrar as contas.
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De acordo com Leonardo Busatto, o governo vem articulando a contratação de novos investimentos, especialmente a partir do espaço fiscal que será aberto com a regulamentação da Lei Complementar 148, que trata da renegociação da dívida dos Estados, prevista para 2016. Segundo ele, essa sinalização será fundamental para que se avance na busca de recursos externos em órgãos como a Cooperação Andina de Fomento (CAF), por exemplo.
Piratini prepara quarto ajuste fiscal para os próximos dias
O Palácio Piratini prepara o envio à Assembleia Legislativa de uma nova leva de medidas de austeridade para enfrentar a crise. A chamada quarta fase do Ajuste Fiscal gaúcho já está na pauta do secretário da Fazenda, Giovani Feltes, que admite a possibilidade de um projeto prevendo o aumento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
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“Não tenho a menor dúvida ainda neste mês um conjunto de projetos irá para lá (Assembleia Legislativa), talvez até nos próximos dias. Ninguém gosta de tomar decisões que sejam impactantes ou negativas. E nós também queremos ter o direito de em algum tempo investir um pouco mais”, afirmou, questionado sobre o projeto de aumento de alíquota.