Uma iniciativa cultural que chegará a 25 anos de existência em julho deste ano vai marcar o primeiro dia da 35ª Feira do Livro de Santa Cruz do Sul. O Sarau Elétrico, formado pelo professor Luís Augusto Fischer, pela escritora Claudia Tajes e pela radialista Katia Suman como elenco fixo, é a atração desta segunda, 29, à noite, a partir das 19 horas, no palco principal montado na Praça Getúlio Vargas.
Professor na Ufrgs e escritor, Luís Augusto Fischer comenta à Gazeta do Sul que, em duas décadas e meia, vieram em mais de uma ocasião a Santa Cruz. No entanto, esta é a primeira oportunidade após a pandemia. Em Porto Alegre, as atividades ocorrem todas as terças-feiras desde 1999, no Bar Ocidente.
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Ao longo do tempo, outros autores atuaram junto como apresentadores, como Frank Jorge, Diego Grando, Cláudio Moreno e Arthur de Faria. E já passaram pelo sarau convidados como Luis Fernando Verissimo, Fabrício Carpinejar, Fausto Wolff, Daniel Galera, Carol Bensimon, Jorge Furtado, Martha Medeiros, Eduardo Bueno, entre outros.
A principal característica do formato, idealizado pela comunicadora Katia Suman, e que logo convidou Fischer para com ela efetivar o projeto, é tornar a literatura acessível a todos os públicos através da combinação de boa conversa, leituras, muito humor e informação.
Em Santa Cruz, conforme Fischer, a proposta será familiarizar o público com autores e obras contemporâneos. Ele, por exemplo, deve ler trechos da biografia Gilberto Braga: O Balzac da Globo,
de Mauricio Stycer, e de Cevando a palavra, do músico e apresentador Demétrio Xavier. Antecipa
que o sarau terá cerca de uma hora de duração.
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Gazeta do Sul – A que fatores o senhor mais especialmente atribui a longevidade do Sarau Elétrico?
Talvez ao fato de a gente nunca ter pensado num projeto de longo prazo. A ideia sempre foi ler em público como forma de divulgar leituras e compartilhar conversas. E por aí a coisa se organizou e foi
sobrevivendo. Praticamente nunca tivemos patrocínio (creio que em um ano apenas uma marca de vinhos nos apoiou), e o tempo todo o projeto vive da bilheteria. Ao lado disso, ou antes disso ainda, tem o fato de que nós gostamos de ler e de conversar sobre leituras, claro.
Como ocorre a seleção dos textos? Seguem um fio condutor ou cada um, individualmente, se abastece de suas referências e temas de interesse?
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A cada semana a gente define um tema, sempre de uma semana para a seguinte. Essa definição tem a ver com alguma data, algum amigo que esteja lançando um livro, algo por aí. Definido o tema, cada um de nós seleciona trechos de livros, de qualquer gênero, que de algum modo tenham relação com o tema. Sempre a gente seleciona mais do que consegue ler, e isso é bom porque dá uma boa margem para, na hora mesmo, selecionar o texto levando em conta a leitura anterior. Acabamos fazendo uma renda de leituras e comentários.
Em relação ao público que os ouve, que expectativa alimentam em relação ao tipo de recepção? Funciona como uma espécie de dica de leituras?
Sabemos por depoimentos que muitos dos frequentadores buscam os livros de que ouviram falar, porque se interessaram. Mas o foco nosso é o momento mesmo, e creio que para o público também, a ideia de ver ao vivo gente lendo e conversando em torno de um tema. É meio como se fosse um programa de rádio – aliás, a gente transmite ao vivo toda terça, 20 horas, pelo canal do Sarau Elétrico no YouTube. Sintam-se sempre convidados!
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