ATUALIZADO ÀS 20H19
Osni Valdemir de Mello, conhecido como Sapo, foi preso na tarde deste sábado, 2, em Santa Cruz do Sul. Conforme o delegado regional da Superintendência de Serviços Penitenciários (Susepe), Bruno Carlos Pereira, Sapo era monitorado com o uso de tornozeleira eletrônica. Na tarde deste sábado, o sistema da Susepe alertou os agentes de uma possível tentativa de rompimento do equipamento, razão pela qual Osni foi chamado ao Presídio Regional de Santa Cruz do Sul.
“Situações como esta acontecem quase que diariamente”, comentou o delegado Bruno. Sapo se apresentou na casa prisional, como solicitado, e foi verificado pelo agente penitenciário o rompimento da tornozeleira. “Desta forma, ele foi recolhido e vai responder um Processo Administrativo Disciplinar (PAD)”, explicou o delegado regional.
Publicidade
Através do PAD, Sapo deve ficar dez dias isolado do restante dos apenados, no Presídio Regional, e o caso será encaminhado à Justiça. Um juiz irá decidir se Osni segue em acompanhamento por tornozeleira ou ficará na casa prisional. “É aberto um processo imediato para que ele também possa se defender.”
Conhecido ao longo dos anos como o Barão das Drogas, Osni Valdemir de Mello foi preso no dia 17 de fevereiro de 2016, em Araranguá, município catarinense, após três anos e meio foragido. Um dos principais nomes do tráfico de drogas gaúcho, o santa-cruzense foi procurado, inclusive, pela Interpol, a polícia internacional. Ele foi um dos foragidos mais procurados do Rio Grande do Sul, após uma apreensão recorde de drogas.
Era 6 de junho de 2012 quando a polícia gaúcha realizou esta apreensão – e começava ali, também, a caçada a Osni, o Sapo, responsável pelo local. Localizado em Linha Curitiba, o sítio funcionava como laboratório de refino de drogas e centro de distribuição para a região dos Vales. A ação, que reuniu agentes da região e do Departamento Estadual de Investigação do Narcotráfico (Denarc), foi resultado de sete anos de investigação.
Publicidade
RELEMBRE: Apreensão recorde em 6 de junho de 2012
Já em 2002, Sapinho – como também é chamado – já era apontado como um dos responsáveis pelo tráfico na região de Santa Cruz do Sul. Para a polícia, era o chefe de um esquema que distribuía crack, maconha e cocaína no Vale do Rio Pardo e outras cidades como Santa Maria e Região Metropolitana. Uma das suspeitas na época era que o grupo tivesse ligações com Nei Machado, o ex-patrão de CTG que se tornou um dos maiores traficantes gaúchos e o braço-direito do carioca Fernandinho Beira-Mar.
VÍDEO: Sapo diz que não tinha mais envolvimento com tráfico
Publicidade
This website uses cookies.