Está atrás das grades o homem apontado pela Polícia Civil como o autor de um crime de tortura cometido contra um jovem em Santa Cruz do Sul. Ele foi capturado na manhã dessa terça-feira, 27, por agentes da 2ª Delegacia de Polícia (2ª DP). O caso aconteceu dentro do Residencial Santo Antônio, que fica na Avenida Deputado Euclydes Kliemann, no Bairro Progresso.
No local ocorreram um furto, disparos de arma de fogo nas mãos de um jovem, três prisões e apreensão de drogas, arma e munições. O caso foi revelado com exclusividade pela Gazeta do Sul e aconteceu em 17 de fevereiro deste ano. Por volta das 2h20 daquela madrugada, um homem armado abordou um rapaz de 20 anos no interior do residencial.
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Em seguida, o criminoso ordenou que o jovem colocasse uma mão sobre a outra e efetuou disparos de revólver calibre 38. Ele teve fratura exposta nas mãos e foi levado para a UPA do Bairro Esmeralda. Embora a investigação aponte que o preso de ontem agiu sozinho ao atirar contra a vítima, outras duas pessoas – uma mulher de 18 anos e um homem de 21 – haviam sido capturadas em 8 de março, também no residencial, em desdobramento do caso.
No apartamento deles, a polícia apreendeu um revólver calibre 38 cromado, porções de drogas, balança de precisão, munições e dinheiro. Na época, o delegado Alessander afirmou que o imóvel onde os dois estavam era possivelmente utilizado pela liderança do tráfico do bairro para guardar ilícitos. Contudo, eles não tinham relação com o delito dos disparos nas mãos, apenas eram do mesmo grupo criminoso que o investigado como autor do fato.
De acordo com o delegado Alessander Zucuni Garcia, a vítima dos tiros havia cometido um furto dentro do residencial. “A partir daquela primeira ação em março, obtivemos elementos robustos da participação desse investigado no crime. Ficou evidente a caracterização de uma tortura, uma vez que a vítima foi coagida, sob grave ameaça, a mostrar onde estava o eletrônico furtado, em uma área de mata, e depois foi alvejada como forma de castigo”, salientou.
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“São condutas que não podem ser aceitas pela sociedade, e a Polícia Civil, como um braço direcionado para combater esse tipo de atitude, tenta tomar as providências cabíveis e responsabilizar os autores”, complementou. O investigado, que teve seu nome mantido em sigilo pelas autoridades policiais, tem antecedentes e já foi indiciado em outro inquérito por tráfico de drogas. Segundo Alessander, o crime que será imputado ao preso desta segunda, que tem 20 anos, é de tortura, com pena de reclusão de dois a oito anos.
“Ainda temos um prazo para remeter o inquérito. Analisando o enquadramento final, pode haver uma qualificadora pela lesão grave que restou na vítima, uma vez que ela deixou de exercer funções durante um período”, explicou Garcia. Agora, os investigadores da 2ª DP pretendem desvendar se o crime foi cometido por conta própria ou a mando de alguém. O autor dos disparos, que teria ligação com um grupo criminoso, foi encaminhado ao Presídio Regional de Santa Cruz do Sul.
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