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Santiago e outras prosas

Por uma questão de negócios acabei chegando a uma solução interessante e inesperada.
Como já falei várias vezes, tempos atrás fui designado para juiz de Direito em Santiago. Dois anos depois fui promovido por merecimento. Andei por várias Comarcas e acabei chegando em Porto Alegre.
Entrementes, conheci uma moça, durante uma festa de aniversário. Ela era de Santiago. Tudo isso alguns já sabem.

A família dela tinha raízes fortes na pecuária. Acabei comprando glebas de campo, quando já estava aposentado. Isso em Unistalda, ao lado de Santiago.
O preço do campo estava barato e fui comprando áreas contíguas. Consegui fazer muitas melhorias e tive algum sucesso, até em exposições na Expointer.

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Posteriormente fui fazendo alianças e a verdade é que meu filho Rudolf melhorou as coisas ainda mais.
Fizemos melhorias e benfeitorias como açudes, cercas e galpões.
Construímos uma ótima casa na própria fazenda, com muito conforto.

Certo dia me foi oferecida uma casa em Santiago. Achamos que seria uma boa compra.
Santiago é uma cidade limpa, pequena, feliz, todos se conhecem.
Muitas residências antigas, mas bem cuidadas e limpas.
A propósito, a nossa cara Rosane de Oliveira diz: “somos responsáveis pela aparência de nossas cidades.”
Maristela e eu começamos a passar sete dias por mês em Santiago.
Estou revendo amigos de outros tempos.

O pessoal tem um costume fantástico. Tu te encontras no supermercado com um conhecido e é aquele abração de quebrar costelas. A pergunta principal é “tá bem de saúde?”.
Enfim, quase todos se conhecem, por nome e tudo.
O trânsito é calmo e cordial como se fosse em cidade europeia.
Posso me dar como um homem feliz.
Em primeiro lugar está minha querida Santa Cruz do Sul, onde nasci e cresci.
Peço desculpas ao louvar outra cidade. Mas vale a pena conhecê-la.

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Mudando de saca para mala, gostaria de falar um pouco sobre o papel importante do agro. Ele nos salva da fome. No entanto, a maioria das pessoas está em outras atividades. Mas sem comida, fica difícil a vida, para não dizer impossível.
Há uma busca incessante por terra, tanto para a agricultura quanto para a pecuária. Quase ninguém a vende.
Nossa família, por sinal, não vende por preço nenhum nossa fazenda.
A cada dia há mais necessidade de meios de transportes, e o problema grave é a precariedade das nossas estradas.
Exemplo: tu estás numa rodovia, mas não tens como sair detrás de um caminhão.
Volto ao assunto.

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Guilherme Bica

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Guilherme Bica

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