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CORONAVÍRUS

Santa-cruzenses relatam situação na Europa, que vive segunda onda da pandemia

Betina mora na Itália e Bruna na Irlanda

Quando a pandemia do novo coronavírus começou em nível mundial, ainda nos meses de janeiro e fevereiro, além da China, a Europa foi o local mais afetado naquele primeiro momento, especialmente a Itália. Conforme o tempo passou e as medidas de distanciamento social e higiene foram implantadas pelos governos, a disseminação do vírus foi controlada e os números de novos casos e mortes baixaram consideravelmente.

Contudo, com o relaxamento das medidas e a proximidade do inverno no hemisfério norte, a chamada “segunda onda” da Covid-19 já está ocorrendo, com diversos países propondo novamente o fechamento de todas as atividades não essenciais – o chamado lockdown – para conter o avanço da doença.


Para entender a situação de quem vive nesses lugares, a jornalista Maria Regina Eichenberg, da Rádio Gazeta FM 107,9, ouviu as santa-cruzenses Betina Sisnande e Bruna Henn, que vivem na Itália e na Irlanda, respectivamente.

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Conforme Betina, que mora em Milão há três anos, o governo do país tornou as restrições mais rígidas há cerca de dez dias. “Nós estamos em um lockdown parcial desde o dia 26 de outubro. Temos toque de recolher das 23 horas às 5 horas, e ninguém pode sair, a não ser quem trabalha nesse horário.” Ela explica que, apesar das regras mais duras, a situação ainda não é tão grave como no primeiro semestre. As escolas funcionam, bem como os restaurantes e bares, que podem operar até ás 18 horas.

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As demais medidas de proteção, como uso de máscara e limpeza das mãos, seguem valendo e são respeitadas pelos italianos. Ela avalia que as autoridades do País conduziram bem a situação, entretanto, o excesso de confiança para afrouxar as regras contribuiu para a nova alta no número de casos. “Basicamente a Europa inteira foi para a praia, foi fazer férias como se não tivesse pandemia, e o resultado estamos vendo agora. Isso me preocupa em relação ao Brasil. Com o verão chegando, as pessoas acham que não ficam mais doentes e depois pode ser muito pior”, afirma.

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Na Irlanda, segundo Bruna Henn, as limitações também aumentaram, mas são menos restritivas do que as praticadas em março. “Nós temos uma lista de atividades essenciais, porque o governo viu que dava para liberar certas coisas. Apesar disso a gente não pode receber pessoas em casa, não pode fazer confraternização. É passível de multa de mil euros e até mesmo prisão.”

Ela conta que a população está dividida entre os que respeitam as determinações e os que vão à rua protestar contra o lockdown e uso de máscara. “Dá para entender que as pessoas estão cansadas, são meses vivendo assim, mas acho que não é por isso que podemos desrespeitar os outros que estão em risco”, finaliza.

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