Nessa segunda-feira, 29, data que marcou o Dia Nacional da Visibilidade Trans, foi realizada no Teatro Renascença, em Porto Alegre, a primeira edição do Troféu Visibilidade Trans Verônica Oliveira. A iniciativa premiou 50 personalidades trans e travestis pelas ações de cidadania desenvolvidas para promover o respeito à diversidade e a visibilidade da pauta no Rio Grande do Sul em 2023. Dessa forma, entre os homenageados estiveram os santa-cruzenses Nicolly Mikaelly Lisboa e Valentin Ourives de Vargas.
A premiação é uma iniciativa do governo do Estado, por meio do Departamento de Diversidade e Inclusão da Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (SJCDH), com o apoio da ONG Igualdade RS e da Prefeitura de Porto Alegre. Já a escolha dos homenageados ocorreu por meio de votação nas redes sociais da SJCDH, assim como indicações da ONG Igualdade RS, de gestores municipais da política LGBT e do Departamento de Diversidade e Inclusão.
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A programação contou, além das homenagens, com diversas apresentações artísticas e a presença de lideranças da pauta LGBTQIA+. Entre elas, a secretária-adjunta da Cultura, Gabriella Meindrad, que se emocionou com o momento. “Hoje estão aqui inúmeras mulheres trans que deram impulso para eu me assumir e acreditar em meus sonhos, dizendo sempre que eu, enquanto mulher trans, posso ocupar um cargo de secretária, de gestora pública, e que posso ser o que eu quiser”, declarou.
Na primeira edição, o prêmio relembrou a ativista Verônica Olivera, atuante da causa LGBT em Santa Maria e assassinada em dezembro de 2019.
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Reconhecimento por ações sociais
Uma das vencedoras do prêmio, a santa-cruzense Nicolly Lisboa ficou contente assim que soube do reconhecimento. “Orgulho me define de ser a primeira mulher trans do Vale do Rio Pardo a receber o Troféu Visibilidade Trans e uma linda homenagem de reconhecimento pelos meus trabalhos sociais”, afirma. Além disso, ela também exalta a importância da mulher trans negra e periférica ocupar espaços na comunidade e outros locais, levando comunicação, respeito e igualdade.
Nicolly se define como “uma grande porta-voz às pessoas excluídas e menos beneficiadas da comunidade”. Entre suas atuações que renderam o troféu, estão ações beneficentes com crianças em datas comemorativas, como Dia das Crianças e fim de ano. Ela também realiza a doação de material escolar para os pequenos mais carentes. Já com outras mulheres trans, a santa-cruzense trabalha as induzindo ao auto-conhecimento por meio de palestras, assim como auxilia com documentação, alimentação e lares fixos.
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