Os jovens Matheus Kern Eichherr e Matheus Maus Gassen, do curso técnico em eletroeletrônica do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) Santa Cruz, receberam a medalha de excelência pela participação na 47ª WorldSkills. Eles competiram na ocupação de Robótica Móvel e conquistaram a distinção por atingir pontuação acima da média internacional na modalidade. O evento ocorreu de 10 a 15 de setembro no Eurexpo, o maior parque de exposições da França, na cidade de Lyon.

Conforme o diretor do Senai Santa Cruz, Daniel Machado, os dois receberam a tarefa e de forma antecipada puderam desenvolver o projeto e as peças para o robô ainda no Brasil. A montagem e operação do equipamento, contudo, foram realizadas no local. Nesta edição, a ocupação de Robótica Móvel tinha como temática a agricultura. Dessa maneira, o robô precisou ser preparado para executar ações como preparação do solo, semeadura, irrigação e colheita, entre outras.

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O Brasil voltou da 47ª World Skills com oito medalhas – uma de ouro, quatro de prata e três de bronze –, além de 27 medalhas de excelência. O País terminou na segunda colocação no ranking de soma de pontos, atrás somente da China. A Eurexpo reuniu 1,4 mil participantes de 69 países. A delegação brasileira, formada por 64 alunos e ex-alunos do Senai e Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), disputou 56 das 59 ocupações.

O presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), Cláudio Bier, acompanhou a equipe. “O evento surpreende por seu tamanho, beleza e presteza”, ressalta. Além de Eichherr e Gassen, Eduarda Gabriela Menegotto e Mateus Gabriel Hildebrand (Mecatrônica) e Enrique da Silva Silveira (Sistemas Dry Wall) representaram o Senai/RS e receberam a distinção de excelência.
Para representar o Brasil no mundial, todos passaram por uma rotina de treinamentos intensa. Além disso, venceram as seletivas regionais e nacional.

Saiba mais

A WorldSkills, maior competição mundial de profissões técnicas, testa habilidades individuais e coletivas de jovens de até 25 anos recém-formados ou que cursam a educação profissional. Durante as provas, eles realizam uma série de tarefas de alto nível técnico e dentro de padrões internacionais de qualidade. 

“Os maiores méritos da competição são mostrar o caminho da educação profissional para os jovens e o quanto um ensino próximo da empresa e do mercado de trabalho tem condição efetiva de transformar vidas”, afirma o diretor-geral do Senai e delegado oficial do Brasil na WorldSkills, Gustavo Leal. 

Criado em 1950, o torneio é uma oportunidade de os países prepararem instituições de ensino e força de trabalho para as novas tecnologias, visto que as ocupações e provas são regularmente atualizadas. O Brasil teve a primeira participação em 1983 e é uma das referências na competição.

Na Rússia, em 2019, a delegação, formada por 63 competidores, conquistou terceiro lugar no ranking geral de soma de pontos e 13 medalhas: duas de ouro, cinco de prata, seis de bronze e 28 certificados de excelência. Neste ano, além dos oito pódios e 27 medalhas de excelência, o País ficou na segunda colocação da soma de pontos, atrás da China e seguido por França, Taiwan e Índia.

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