A partir de 9 de outubro o motoboy Acylon Júnior, 44 anos, vai trocar a motocicleta por um transporte que não polui. Sobre sua bicicleta speed, batizada carinhosamente de Scarlet, terá a missão de percorrer 2,6 mil quilômetros de ida e volta. O destino é São Paulo e o objetivo é assistir ao show da banda preferida, o U2, marcado para o dia 19 do mesmo mês. Mas não para por aí. Em cada capital que passar, o aventureiro vai plantar uma muda de árvore. Trata-se de uma iniciativa que visa compensar emissões de carbono e ainda deixar uma herança dessa experiência.
Conforme o santa-cruzense, que começa a intensificar os treinos, a ideia de viajar um longo percurso de bike já vinha sendo trabalhada desde que começou a pedalar, em 2004. “Quando meu irmão comentou que o show do U2 estava marcado, logo pensei que poderia unir essas duas paixões: bicicleta e música.” Desde então, Acylon busca estreitar os contatos com ciclistas das cidades onde irá circular a fim de pedir dicas e aquele pouso esperto para não precisar acampar. “A rede de contatos dos ciclistas é muito grande. Todo mundo se ajuda e se mostra disposto a colaborar. Quanto a isso, não preciso me preocupar”, acrescenta.
Santa-cruzense pretende pedalar entre sete e oito horas por dia.
Foto: Lula Helfer.
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Em meio aos DVDs da banda e livros como O mundo ao lado: uma volta ao mundo de bicicleta, de Arthur Simões, e Operação Banda Oriental, de Demétrio Soster – professor da Unisc que recentemente cumpriu trajeto até Argentina e Uruguai–, Acylon planeja o roteiro da viagem. Ele pretende executar o trajeto Santa Cruz-Porto Alegre-Torres-Laguna-Floripa-Joinville-Curitiba-Registro e, finalmente, São Paulo em um período de oito dias.
O percurso mais difícil, segundo ele, será entre Curitiba e São Paulo, trecho de 420 quilômetros onde vai encarar a serra paulista. “A estrada é hostil para a bicicleta e é preciso ter muito cuidado. Muitos me chamam de louco e alguns ainda perguntam: ‘Tu vai fazer isso mesmo? É só pagar R$ 300,00 e ir de avião.’”
Mas ele retruca: “Não é pelo dinheiro. É a experiência”. Além da superação de limites físicos, o ciclista também quer se desafiar psicologicamente. “É uma jornada interna de autoconhecimento e persistência”, finaliza.
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“Não podemos banalizar o uso do carro”
Há 13 anos, Acylon Júnior começou a andar de bike como uma opção para ir e voltar do trabalho. “Eram 10 quilômetros por dia e conseguia chegar bem mais rápido do que se fosse de ônibus, por exemplo.” Desde então, passou a participar de passeios organizados pelo Santa Ciclismo e fez viagens até Torres, Charqueadas, Caxias, Sobradinho entre outras. Também foi vice-campeão da modalidade enduro bike, em 2008.
Prestes a dar início ao seu mais intenso desafio sobre duas rodas, o santa-cruzense também quer chamar atenção para o meio ambiente. “Não podemos banalizar o uso do carro. Acredito que é possível usar esses veículos de forma mais racional.”
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Vaquinha online
Interessados em ajudar Acylon Júnior a custear sua viagem de bike podem acessar o site vakinha.com.br e procurar Santa Pampa no link de busca. Ou clique aqui.
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