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Santa-cruzense relembra a história da Copa do Catar

Há exatamente um ano, o planeta direcionou seus olhares para o Catar. O país sediou a Copa do Mundo de Futebol, que teve período diferenciado para evitar o extremo calor. A Copa era para ser do Catar, mas foi de Leonel Messi. O craque argentino conseguiu trazer a alegria para o povo do país vizinho e até uma certa irritação aos brasileiros, tendo em vista a rivalidade, ao fazer a sua seleção vencer a França no dia 18 de dezembro de 2022.

Antes de chegar ao derradeiro confronto, no entanto, houve muito trabalho para conseguir receber os turistas e erguer as estruturas de mobilidade, hospedagem e para a prática desportiva. Quem conta isso é o santa-cruzense Felipe Krause, de 38 anos. Ele viveu entre fevereiro de 2020 e julho de 2023 no país. Recorda que os estádios já estavam erguidos em agosto, mas faltava todo o restante da infraestrutura. “Trabalhava em um hotel cinco estrelas e, na frente, estava com estrada de chão. Em dois meses eles conseguiram fazer tudo o que precisava”, conta.

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Dessa forma, com a estrutura organizada, estádios próximos ao ponto de permitir assistir mais de um jogo no mesmo dia, os catarenses receberam os visitantes, que se surpreenderam com valores (um copo de cerveja era vendido ao equivalente a R$ 73,00). “Eles gostam de receber as pessoas. Tem os tradicionais, que se incomodam, como em todo o lugar, mas fomos muito bem recebidos. Assim, quem esteve lá saiu com uma imagem boa.”

Krause atuou como voluntário na central de imprensa nos jogos

Sem deixar de trabalhar na rede de hotéis e restaurantes, que registrou recordes de vendas durante a Copa do Mundo, Felipe Krause voluntariou-se no evento esportivo. Atuou na central de imprensa, onde se reuniam milhares de jornalistas para elaborar seus trabalhos. Ele e seus colegas davam o suporte para que isso acontecesse da melhor forma. Com isso, conheceu alguns jogadores e o presidente da Federação Internacional de Futebol (Fifa), Gianni Infantino.

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No seu trabalho, recebeu representantes das confederações da Alemanha e do Japão. No outro hotel da rede ficou concentrada, relembra, a seleção da Inglaterra.

Santa-cruzense teve a chance de assistir a dois jogos da Seleção | Foto: Arquivo Pessoal

Mesmo trabalhando no cotidiano e atuando como voluntário, o santa-cruzense teve a oportunidade de assistir a dois jogos da Seleção Brasileira. Como morador local, tinha um valor diferenciado. Quem comprava ingressos lá pagava o equivalente a R$ 55,00. Na Copa, Felipe Krause também encontrou-se com o jornalista santa-cruzense Tiago Rech, que foi ao evento a convite da Federação Internacional de Futebol (Fifa).

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Um pós-evento preocupante

Se, no Brasil, o fato curioso é de que chegando a 2024 há obras da Copa do Mundo de 2014 que ainda não estão prontas, no Catar a preocupação é outra. Tem estádio, como o 974, que teria sido construído com a utilização de 974 contêineres, que já foram até demolidos, mas o que chama a atenção é a subutilização da estrutura no pós-Copa. “Tem hotéis e restaurantes que vivem o fracasso após o término dos jogos. Eles tinham boas vendas – nós batíamos recorde de 35 mil (moeda local – Rial Catariano) e chegamos a 120 mil por dia, durante a Copa. Depois, baixou para 10 mil”, explica Krause.

Ele observa que, indo atuar para uma boa empresa, o país é interessante para se viver, pois costumam custear casa, transporte, alimentação e todas as contas cotidianas. “Voltaria para lá, mas não para trabalhar em restaurante. Iria para atuar em outra área, como fotografia”, diz. 

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Marcio Souza

Jornalista, formado pela Unisinos, com MBA em Marketing, Estratégia e Inovação, pela Uninter. Completo, em 31 de dezembro de 2023, 27 anos de comunicação em rádio, jornal, revista, internet, TV e assessoria de comunicação.

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