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Santa-cruzense de 7 anos com doença rara consegue transplante de medula

Após quase um ano de luta, o dia amanheceu mais promissor para Marthina Perreira Miranda e a família nesta quinta-feira, 30. A santa-cruzense de 7 anos, diagnosticada com aplasia medular, passou pela cirurgia de transplante de medula óssea no fim da manhã, no Hospital de Clínicas de Porto Alegre.

O diagnóstico da aplasia, uma doença rara que afeta a produção de células sanguíneas na medula óssea e causa hemorragias no corpo, foi feito em setembro do ano passado, três meses após a pequena ter tido meningite. A condição demandou transfusões de sangue e internações constantes. A partir de agora, porém, Marthina levará uma vida nova. “A nossa família inteira renasceu”, diz a mãe, Priscila Fernanda Perreira.

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A ansiedade para a chegada do dia foi grande. “Ela não dormiu essa noite”, conta Priscila. Ela e o pai da menina, Gean Michel Lopes Miranda, madrugaram com Marthina e a entreteram com brincadeiras para que ficasse tranquila para o procedimento, que ocorreu sem complicações. Nos próximos dias, será observado se houve a “pega medular”, que é verificar o funcionamento da nova medula no organismo. Marthina deve ficar internada por mais cerca de 40 dias. 

Foto: Arquivo Pessoal

 

Quando ela ainda estava no aguardo de um doador compatível, a mãe descobriu estar grávida. A esperança da família era de que a irmã, Helena, que nasceu em maio, fosse compatível. Porém, não foi o que aconteceu. Por sorte, dois possíveis doadores foram localizados nos bancos de medula óssea — um no nacional e um no internacional. A medula doada a Marthina foi de um brasileiro, mas a identidade do doador (ou doadora) é sigilosa.

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Devido às internações constantes da filha, a família saiu do Bairro Bom Jesus, em Santa Cruz, e se mudou para a Capital há cerca de seis meses. Eles devem continuar lá por mais três. Em dezembro, Priscila, Gean, Marthina e Helena devem retornar a Santa Cruz. Foram organizadas no município várias mobilizações para ajudar a família com vaquinha para custear o tratamento e mutirões de doação de sangue. “Estamos ansiosos para voltar. A gente agradece demais todo o apoio que recebemos da população santa-cruzense. Foi fundamental”, ressalta Priscila.

Foto: Arquivo Pessoal

 

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