O Projeto Família Acolhedora, política pública prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), deve ganhar corpo em Santa Cruz do Sul, a exemplo do que já ocorre em municípios como Santo Ângelo e Sapucaia do Sul, aqui no Estado, Campinas em São Paulo e Cascavel no Paraná.
Em uma reunião intermediada pelo líder do governo na Câmara de Vereadores, Henrique Hermany, a juíza da Infância e da Juventude, Lísia Dorneles Dal Osto, e a promotora de Justiça Danieli de Cássia Coelho, estiveram no Palacinho nessa terça-feira, 15, a fim de sensibilizar a Administração Municipal para implantação do projeto.
LEIA MAIS: Adoção tardia: uma decisão que transforma vidas
Publicidade
O objetivo é tirar crianças e adolescentes do acolhimento institucional, que o ECA prevê apenas como subsidiário, proporcionando a elas um lar temporário, onde tenham acesso ao carinho e atenção de uma família com disponibilidade afetiva. Durante essa permanência, busca-se a reinserção dessas crianças e adolescentes em suas família de origem ou, na sua impossibilidade, o encaminhamento para adoção.
Defensora das causas sociais, a prefeita Helena Hermany se mostrou entusiasmada e acolheu de pronto a proposta. “Com certeza vamos abraçar esse projeto. Isso é algo que me deixa muito feliz porque ações voltadas a crianças e adolescentes sempre foram a minha bandeira e vejo que isso se perdeu um pouco na nossa sociedade. A criança está um pouco esquecida e precisa ser prioridade”, disse.
LEIA MAIS: Projeto orienta grávidas que pensam em entregar o bebê para adoção
Publicidade
Conforme explicou a juíza Lísia, como se trata de uma política pública, a prefeitura é essencial na construção, implantação e execução do projeto. “O Família Acolhedora é uma política pública, portanto os recursos são do Município e a equipe técnica também deve ser preferencialmente dos quadros da Administração Municipal, até para que haja uma continuidade e o projeto não sofra interrupção”, disse.
O primeiro passo agora é a formação de um grupo de trabalho para que se apure o número de acolhimentos institucionais realizados nos últimos três anos em Santa Cruz do Sul. A partir desse diagnóstico será possível montar estratégias e estruturar o programa.
Também participaram da reunião o secretário municipal de Habitação, Desenvolvimento Social e Esporte, Valdir Bruxel, a diretora de Desenvolvimento Social, Priscila Froemming e o coordenador da Proteção Social Especial da Prefeitura, Juliano Nascimento Garcez.
Publicidade
LEIA MAIS: Tuitaço e lives marcam campanha no Dia Nacional da Adoção