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Santa Cruz vai ganhar seu primeiro hostel até o fim de novembro

É com a experiência de viagens pela América Latina e Europa que o casal Bernardo Quadros, 27, e Débora Fanck, 32, aposta em um empreendimento inédito em Santa Cruz do Sul. Com o conceito da colaboração na ponta da língua, o acadêmico de comércio exterior e a arquiteta se preparam para inaugurar até o fim de novembro o primeiro hostel no município: o Cazco Hostel. Trata-se de um empreendimento caracterizado por preços mais convidativos e pela socialização de seus hóspedes. 

O que isso significa? Que agora Santa Cruz ganha um espaço que vai valorizar o compartilhamento. Os quartos (com triliches) poderão ser divididos com outros visitantes; a cozinha poderá ser usada por mais de um hóspede e o palco, localizado no pátio, poderá ser aberto para mais de um músico. E tudo isso vem acompanhado da melhor parte: conhecer pessoas e culturas e, por que não, levar amigos para a vida. Débora que o diga, já que no período em que residiu por dois anos na Espanha fez questão de se hospedar em hostels durante os seus mochilões. “Achei incrível a experiência, pois o contato com outras pessoas se torna muito mais fácil. Existe convívio e naturalmente a troca de experiências acontece”. 

Mas ainda tem mais. No prédio entre as ruas Venâncio Aires e Borges de Medeiros, uma rede colaborativa vai atuar para tornar o espaço mais plural. É nesse contexto que estúdio de tatuagem, sala de videomaker, escritório de arquitetura e até um espaço coworking vão funcionar em sincronia. A sustentabilidade não será deixada de fora: haverá um cantinho especial para horta orgânica e compostagem e ainda uma cisterna com recolhimento da água da chuva para utilizar nos vasos sanitários.  “Morei um ano no Panamá e depois passei um mês no Rio de Janeiro, participando de eventos colaborativos em que todo mundo se ajudava, pegava junto. Na época, eu pensava: não é possível que na minha cidade isso não possa acontecer”, lembra Bernardo. 

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Bernardo e Débora trazem experiência de viagens pelo mundo.

O empreendedor vai poder integrar ao hostel outra atividade que já desempenha há dois anos: a produção de cachaça artesanal. Com formação em um dos berços da bebida, Minas Gerais, Quadros vai não só vender aos hóspedes as doses, como ainda possibilitar que tenham acesso a uma carta de drinques elaborada por um bartender especializado.

Valorizar o espírito colaborativo

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Bernardo e Débora estão cientes do desafio que é disseminar o conceito do espaço. “A ideia é produzir os eventos em que gostaríamos de ir, gerar o conteúdo que gostaríamos de consumir. Aproximar pessoas com quem a gente gostaria de conviver e conectar marcas que a gente gostaria de trabalhar,” explica ele. Justamente por isso, o hostel não pretende receber somente hóspedes de fora. Os santa-cruzenses estão mais do que convidados. 

Aliás, quem desejar compactuar com o espírito colaborativo pode propor oficinas ou até cozinhar. “Não haverá cardápio. Se tem alguém que é bom em fazer hambúrguer e quiser fazer uma noite temática, será bem-vindo. É uma cozinha estruturada para receber convidados e interessados em testar seus produtos com o consumidor final”, complementa.

Saiba mais

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    Pela entrada da Rua Venâncio Aires vai se chegar ao hostel, que terá sete quartos para acomodar até 50 pessoas. Cinco desses quartos serão compartilhados, com triliches: dois masculinos, dois femininos e um misto. Quem preferir mais privacidade poderá dispor de uma suíte e um quarto privado com banheiro coletivo. Elaborado pela arquiteta Débora Fanck, o projeto do hostel foi pensado para oferecer conforto, limpeza e segurança.     

    Mas não pense que a arte será esquecida. “A decoração será contemporânea com uma pegada industrial. Por isso o grafite vai estar presente em muitos espaços. É trazer energia e alegria para o espaço, sem esquecer de que o que tornará o Cazco um lugar vivo são as pessoas”, complementa Débora. 

    A hospedagem  ainda vai oferecer um pequeno café da manhã (será disponibilizado pão de queijo e suco), área social com mezanino para leituras e cozinha compartilhada. No andar de baixo do prédio, com entrada pela Borges de Medeiros, sem contato com o hostel, salas comerciais abrigarão um escritório de arquitetura, um estúdio de tatuagem, um espaço de videomaker e outro de coworking. 

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Cazco

Segundo a arquiteta Débora Fanck, o nome do hostel foi escolhido em função de o termo Casco estar relacionado a áreas históricas de muitas cidades  Trata-se dos chamados Casco Antigo ou Casco Viejo. “No Panamá, por exemplo, onde Bernardo morou, Casco é a região onde existem muitos artistas e gastronomia variada”. Conforme a profissional, essas regiões configuram espaços importantes para as cidades, tanto para o turismo, quanto para a preservação da história local. Foi aí que brilhou o nome.

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