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Alerta

Santa Cruz trabalha em plano de contingência para barrar coronavírus

Uma reunião sobre o coronavírus foi realizada nessa quinta-feira, 13, com os secretários municipais de saúde e coordenadores da Vigilância Epidemiológica da região, na 13ª Coordenadoria Regional de Saúde. No encontro, organizado pela titular da CRS, Mariluci Reis, informações complementares foram repassadas para alinhar o planejamento de atuação contra a ameaça. A chegada de novos chineses foi debatida e também como cada prefeitura deve se organizar para lidar com um eventual caso suspeito. Em cada esfera, planos de contingência são elaborados para que cada setor da Saúde saiba como agir e, ao mesmo tempo, para que a população tenha um atendimento rápido e eficaz quando acessar qualquer serviço.

O secretário de Saúde de Santa Cruz do Sul, Régis de Oliveira Júnior, conversou por telefone com o secretário executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo dos Reis, para relatar a situação de Santa Cruz e pedir orientações a respeito de procedimentos preventivos. Régis também entrou em contato com representantes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a elaboração de um plano de contingência municipal, o que facilita o planejamento de ações. A secretária de Saúde do Estado, Arita Bergmann, solicitou ao Comitê de Operações Emergenciais (COE), criado no início do mês, para dar um assessoramento a Santa Cruz.

Outras duas reuniões foram promovidas pelo secretário. Com o Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (Sinditabaco), foram tratadas as ações de recomendação e cuidado a serem adotadas pelas empresas que receberão chineses nos próximos dias para negociações. Segundo Régis, os assuntos devem ser resolvidos por telefone ou vídeoconferência. O contato direto deve acontecer somente em casos indispensáveis, como orienta o Ministério da Saúde.

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Os três chineses que estão em Santa Cruz passaram por procedimentos de controle sanitário previstos pela Organização Mundial da Saúde (OMS), conforme Régis. “Passaram por um aeroporto na Alemanha e depois por São Paulo e Porto Alegre. Tiveram a liberação para ingressar no País pela Anvisa. Isso dá maior tranquilidade. Eles não apresentaram nenhum sintoma”, ressalta.

A Secretaria Municipal de Saúde apurou que eles permaneceram em período de quarentena ainda na China. “Se algum dos chineses que estão aqui ou que vierem apresentar sintomas, estaremos prontos para atendêlos. Temos uma estrutura com leitos de isolamento montada no Hospital Santa Cruz, com uma equipe comandada pelo infectologista Marcelo Carneiro”, explica Régis.

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Recomendações
O Município vai editar uma série de recomendações e distribuí-las entre hoje e segunda-feira para as indústrias fumageiras. O texto será divulgado no site da Prefeitura (santacruz.rs.gov.br) na terça-feira. O plano de contingência elaborado por técnicos da pasta e Vigilância Sanitária será apresentado aos governos estadual e federal até a próxima sexta-feira, para avaliação e aprovação.

Orientações foram repassadas ao síndico do edifício onde um chinês foi visto circulando em áreas comuns, no Bairro Santo Inácio. O condomínio deve providenciar pontos de higienização com álcool gel. “Como a população está suscetível a diversas doenças, como leptospirose e H1N1, por exemplo, é importante o cuidado individual para se proteger. Lavar bem as mãos e usar álcool gel podem evitar qualquer tipo de contaminação”, observa Régis. O coronavírus é transmitido só por gotículas da respiração, o que é um fator atenuante.

Na segunda-feira, 17, a coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Luciane Weiss Kist, estará no condomínio para conversar com moradores. “Os chineses não apresentaram sintomas, passaram por avaliações em aeroportos e não representam nenhum risco à população, que pode se tranquilizar”, enfatiza o secretário.

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Lista
O Município detém uma lista de chineses que chegarão a Santa Cruz entre o final de março e início de abril. Segundo o secretário, nenhum deles é da província de Wuhan, ponto originário da epidemia. Para Régis, o verão é uma estação com menor circulação de vírus, o que reduz a incidência de doenças respiratórias. “Se a epidemia perdurar até o inverno, a preocupação cresce, até por aumentar a aglomeração de pessoas em espaços públicos.”

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