Os empresários de Santa Cruz do Sul afetados por alagamentos terão acesso a uma linha de crédito especial no Banco do Povo, que tem escritório no Parque da Oktoberfest. Os empreendedores devem utilizar os recursos para reestruturação de seus negócios. O financiamento pode variar entre R$ 1 mil e R$ 60 mil. A carência é de seis meses. O prazo de amortização é de 24 meses, e o juro é estimado em 0,3% ao mês.
O secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo, César Cechinato, explicou na quarta-feira, durante entrevista no programa Estúdio Interativo da Rádio Gazeta FM 107,9, que a iniciativa tem o viés de recuperação e estímulo aos negócios locais. O programa faz parte do processo intitulado Superação, anunciado no dia 10 de maio pela Prefeitura e que envolve os seguintes eixos: Infraestrutura, Social, Econômico e Voluntariado. A medida foi aprovada na Câmara em regime de urgência na última segunda-feira.
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Os documentos necessários para encaminhar o pedido à linha de crédito especial no Banco do Povo são CPF e RG. Também é preciso a documentação dos cônjuges se os interessados forem casados ou mantiverem união estável. O cartão CNPJ ou contrato social são obrigatórios em caso de pessoa jurídica. No Cras, é possível fazer a segunda via de documentos. Um comprovante de renda e de endereço também serão exigidos.
Haverá um subsídio de 90% dos juros pela administração municipal, de acordo com Cechinato. Outros empresários podem acessar as demais linhas de crédito do Banco do Povo.
Mais empresas serão auxiliadas para encaminhamentos e aproximações com o sistema financeiro, principalmente com parceiros como o Banrisul e o Badesul. Os contatos do Banco do Povo são 3713 1288 ou 99676 9080.
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Cechinato elencou uma série de problemas causados pela enchente, mas ainda será necessário fazer um levantamento dos prejuízos em nível local. No Estado, há uma estimativa de quase R$ 20 bilhões no impacto de infraestrutura. Obstáculos como a deficiência logística também podem reduzir a competitividade do Rio Grande do Sul nos próximos meses.
“A próxima safra de tabaco terá um impacto. Muitos produtores já haviam feito a adubação da terra. Nossas indústrias vão sentir consequências do ponto de vista logístico. Temos rodovias e pontes comprometidas, haverá atrasos com a dificuldade de fornecimento da matéria-prima. Será mais difícil para escoar produções para os mercados internos e do exterior. Teremos perdas significativas no PIB”, avaliou.
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Os efeitos da enchente foram tema da assembleia mensal da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Santa Cruz do Sul, na quarta-feira. Os associados da entidade avaliaram os reflexos provocados também no comércio.
O presidente da CDL, Ricardo Fernando Bartz, fez um balanço das ações tomadas em conjunto pela entidade com a Federação Varejista do RS, que realizou uma reunião de emergência na semana passada em Santa Cruz, e a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) para avaliar a dimensão da calamidade no Estado e debater ações de auxílio ao comércio, varejo e serviços. Bartz explicou que a CNDL está realizando uma campanha nacional e engajando todos os estados, por meio do Pix. Os recursos angariados serão utilizados como renda emergencial, ou injeção direta no varejo local.
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Além disso, segundo ele, a Federação Varejista do RS faz o levantamento das demandas mais urgentes do comércio em cada cidade, a fim de que a entidade possa auxiliar os lojistas a se reerguer. O levantamento pode ser acessado no link https://forms.gle/L7pVqNNkYALEB5rM6.
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