Mesmo com contratações abaixo do esperado nas empresas de tabaco, Santa Cruz do Sul encerrou 2022 com 2.068 postos de trabalho com carteira assinada criados. O saldo é bem superior ao de 2021, ano da retomada econômica após o baque da pandemia, e foi puxado pelo setor de serviços, que responde por 60% dos empregados gerados.
Esse foi o segundo ano de resultado positivo na empregabilidade do município após o tombo de 2020, quando a eclosão da Covid-19 levou a uma perda de mais de 700 vagas. Ao todo, foram 30.052 admissões e 27.984 desligamentos entre janeiro e dezembro, segundo dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nessa terça-feira, 31.
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O volume mais expressivo de contratações foi registrado no primeiro trimestre, que é o período de maior demanda na indústria fumageira. Os números mostram, no entanto, que as admissões perderam ritmo já a partir de abril, o que indica que os safreiros foram mantidos por um período mais curto do que em outros anos.
Em julho, o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria do Fumo e Alimentação (Stifa) estimava uma redução de cerca de mil trabalhadores, entre temporários e efetivos, em relação a 2021. Ainda assim, o setor de tabaco anotou um saldo superior. Outros segmentos representativos do município, como borracha e alimentos, também contrataram mais do que demitiram, enquanto nas metalúrgicas houve um recuo.
No setor de serviços, que registrou um saldo de 1.226 vagas, as atividades que mais contrataram foram escolas de educação infantil, cursos preparatórios para concursos, hospitais, limpeza de edifícios, serviços de escritório e apoio administrativo, transporte rodoviário de cargas e passageiros e concessionárias de rodovias. Restaurantes e bares registraram mais demissões, enquanto hotéis tiveram um ligeiro saldo positivo. Os dois segmentos estão entre os mais afetados pelas restrições de circulação impostas na fase mais aguda da pandemia.
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Os demais setores também tiveram saldos positivos, mas inferiores ao de 2021. No comércio, destacaram-se os supermercados e hipermercados e as distribuidoras de medicamentos. Já na construção civil, assim como em anos anteriores, as construtoras registram mais demissões, enquanto empresas que prestam serviços especializados, como demolição e preparação de terrenos e instalações, abriram vagas.
Os relatórios do Caged ainda mostram que, das vagas criadas no município, a maior parte foi ocupada por mulheres, com idades entre 18 e 24 anos e Ensino Médio completo.
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O desempenho de Santa Cruz acompanhou a tendência estadual e nacional. O Rio Grande do Sul gerou 100,8 mil vagas entre janeiro e dezembro. No País, o saldo foi de 2 milhões de postos criados. Em ambos os casos, os resultados foram inferiores ao de 2021 e puxados principalmente pelo setor de serviços.
Dentre as dez maiores economias do Rio Grande do Sul, apenas uma, São Leopoldo, anotou mais demissões do que contratações. O saldo de Santa Cruz foi o oitavo maior.
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Já dentre os principais municípios do Vale do Rio Pardo, somente Rio Pardo teve saldo negativo, enquanto Vale do Sol registrou o mesmo número de admissões e desligamentos. Depois de Santa Cruz, o melhor saldo foi de Candelária, que gerou 706 vagas. Parte disso se deve à inauguração da nova fábrica da Calçados Beira Rio, em março.
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