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pesquisa da afubra

Santa Cruz se mantém como segundo maior produtor de tabaco no Vale do Rio Pardo na safra 2022/23

Foto: Alencar da Rosa/Banco de Imagens

Setor do tabaco vive dias de expectativa pela COP-10

O tabaco representa a principal fonte de renda para 2.956 famílias de Santa Cruz do Sul. Dados divulgados pela Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) indicam que na safra 2022/23 o município se manteve como o segundo maior produtor na região do Vale do Rio Pardo, ocupando área total de 4.984 hectares. Nesse período, foram produzidas 10.780 toneladas de fumo, que equivaleram a um faturamento bruto de R$ 195,6 milhões.

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Tal cenário reforça o potencial de riquezas geradas pelos produtores de tabaco no município e expressa o quanto o desenvolvimento do interior reflete-se no desenvolvimento urbano. A fim de mostrar como o governo municipal tem incentivado a permanência dos produtores na agricultura, em especial no cultivo do tabaco, a Gazeta do Sul conversou com o secretário municipal de Agricultura, Decio Luís Hochscheidt.

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Ele falou sobre a importância da atividade e divulgou os principais programas mantidos pelo município para garantir não só a melhoria da qualidade de vida dos produtores, mas também das suas propriedades.

Entrevista – Decio Luís Hochscheidt, secretário municipal de Agricultura

  • Gazeta Santa Cruz do Sul ocupa a segunda posição no ranking de municípios que mais produzem tabaco no Vale do Rio Pardo. Do ponto de vista econômico, o que isso representa? É de suma importância para nossa realidade. O nosso interior, em sua maioria, é de minifúndios. Não existe outra cultura que produza um ganho financeiro como o tabaco. Em média, uma família cultivando tabaco numa área de dois hectares consegue facilmente se subsidiar.
  • Dados da safra 2022/23 divulgados pela Afubra indicam que 2.956 famílias santa-cruzenses produzem tabaco, ocupando uma área total de quase cinco mil hectares com a cultura. Do ponto de vista social, considerando a questão de emprego e renda, o que isso representa, na sua avaliação? Nosso município, em relação a outras realidades no ponto de vista social, está bem avançado. A renda e os empregos gerados pelo tabaco influenciam diretamente na nossa sociedade. São valores substanciais, que são remetidos em melhores condições sociais para nossa sociedade como um todo.
  • De que forma a administração municipal tem incentivado a permanência dos produtores na agricultura, em especial no cultivo do tabaco? Há alguma política pública ou programa específico com esse objetivo? Existem vários programas que a administração municipal da prefeita Helena Hermany e do vice Elstor Desbessell desenvolve. A Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura, por exemplo, tem a incumbência de deixar sempre em boas condições de trafegabilidade as estradas do nosso interior para o transporte da produção. A Secretaria do Meio Ambiente leva água aos produtores. A Secretaria de Saúde faz um trabalho de prevenção e assistência. Nós, da Secretaria de Agricultura, temos a responsabilidade, através do Programa de Patrulha Agrícola, de apoiar os produtores em pequenas obras de terraplanagem para construções, aguadas e outras pequenas necessidades. Através do Programa de Conservação, subsidiamos 50% do valor do calcário. Neste quesito, foram distribuídas em torno de 1.800 toneladas, no corrente ano, para nossos produtores. Para a resteva da plantação do tabaco, existe também o Programa Troca-Troca da semente de milho, que, através de parceria com o Estado, resultou na distribuição de mais de três mil sacos de sementes aos nossos produtores, com valores subsidiados. A parte que cabe ao produtor somente será paga no final da safra.
  • De modo geral, qual o perfil do produtor de tabaco de Santa Cruz do Sul? Em termos de renda, área ocupada ou diversificação da propriedade, por exemplo? São pequenos produtores. A média, em Santa Cruz do Sul, fica abaixo dos 12 hectares. Sobre a diversificação na propriedade, existe, com certeza, esta preocupação. Estamos impulsionando isso, em parceria com Emater, Afubra, sindicatos, cooperativas e as próprias empresas de compra do tabaco, para que o nosso agricultor tenha um resultado financeiro mais positivo e, assim, possa, cada vez mais, melhorar suas condições de subsistência.
  • Qual o reflexo da produção de tabaco para o meio urbano? Essa atividade ainda requer melhorias? O reflexo é direto. Primeiro, proporcionando, com a compra e a manufatura das folhas do tabaco, empregos aos santa-cruzenses. Depois, através dos lucros obtidos no fim da safra, no movimento do comércio em geral. Durante a safra, na compra de insumos agrícolas. Qualquer atividade requer melhorias no sentido de produzir mais e com menos mão de obra. Isso acontece com novas técnicas, novos insumos e novas sementes.

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