Saúde e Bem-estar

Santa Cruz registra falta de vacinas contra a Covid-19

A falta de insumos essenciais para a vacinação tem afetado a cobertura em seis de cada dez municípios brasileiros, impactando principalmente a imunização de crianças. De acordo com pesquisa da Confederação Nacional de Municípios (CNM), realizada entre 2 e 11 de setembro, 64,7% das cidades relataram falta de doses de algum imunizante, situação que tem persistido até os últimos dias.

Em Santa Cruz do Sul, a Secretaria de Saúde informou ontem que o Município enfrenta desafios no abastecimento de vacinas, reflexo de problemas no fornecimento em nível nacional. Segundo a pasta, a falta de imunizantes ou o funcionamento com estoques críticos do Ministério da Saúde pode comprometer o envio de doses específicas ou até mesmo resultar na falta total de determinadas vacinas.

LEIA TAMBÉM: Atenção às pernas: o que são varizes e como tratar

Publicidade

Apesar das dificuldades, a secretaria afirma que tem adotado um controle para minimizar os impactos da escassez e permitir uma operação segura, evitando a interrupção dos serviços de vacinação. “Santa Cruz costuma gerir o estoque municipal e das salas de vacinas a partir da demanda observada e programada, mantendo uma reserva na rede municipal que permita operar com segurança”, disse.

Entre os imunizantes mais afetados está a vacina contra a Covid-19, que chegou a faltar na cidade nos últimos dias. Essa situação ocorre em razão do desabastecimento nacional e do curto tempo de validade do produto após o descongelamento. “Entretanto, está prevista a chegada de novas doses da vacina contra Covid-19 para esta terça-feira, 29, quando então passaremos a distribuir para as unidades de saúde”, comunicou a secretaria.

Cidades brasileiras também enfrentam a falta de imunizantes como a meningocócica C, que protege contra infecções graves como a meningite; a tetraviral, que imuniza contra sarampo, caxumba, varicela e rubéola; a vacina contra hepatite A; e a DTP, que combate difteria, tétano e coqueluche. Em Santa Cruz, a Secretaria de Saúde informou que essas vacinas não estão em falta.

Publicidade

LEIA TAMBÉM: Entenda como funciona o uso do “gás do riso” na sedação em procedimentos odontológicos

Cidades do Vale do Rio Pardo foram impactadas

Segundo a 13ª Coordenadoria Regional de Saúde (13ª CRS), municípios do Vale do Rio Pardo, assim como outras cidades brasileiras, ficaram sem doses da vacina contra a Covid-19, como é o caso de Santa Cruz. A coordenadoria garantiu que novas remessas do imunizante devem chegar ainda hoje. “Assim que recebermos as doses, elas serão encaminhadas aos municípios”, afirmou a 13ª CRS.

Além disso, a CRS informou que a vacina adsorvida difteria, tétano e pertussis (DTP), destinada à prevenção dessas doenças, também está em falta em alguns locais devido a problemas de distribuição no Ministério da Saúde. No entanto, a pasta ressaltou que a dose pode ser substituída por outras vacinas de efeito similar, de forma a garantir que ninguém fique desassistido.

Publicidade

Ministério nega desabastecimento

O Ministério da Saúde negou, na última quarta-feira, que o País enfrente uma falta generalizada de vacinas. Em nota, a pasta declarou que houve apenas um “desabastecimento momentâneo” dos imunizantes contra a Covid-19 entre 16 e 22 de outubro, devido ao vencimento de doses.

LEIA TAMBÉM: Municípios exigem que a RSC-153 seja recuperada

Segundo a pasta, 1,2 milhão de vacinas começaram a ser distribuídas na semana passada e já está em andamento a compra de 69 milhões de doses, o que garantirá o abastecimento nos próximos dois anos.

Publicidade

Continua essencial

Apesar da redução de casos de Covid-19, o Ministério da Saúde destaca que a vacinação continua essencial para prevenir formas graves da doença. O imunizante é gratuito e está disponível nas unidades de saúde do Brasil. Em 2024, a vacina foi incorporada ao Calendário Nacional de Vacinação para crianças de 6 meses a 5 anos.

Grupos prioritários, como idosos, imunocomprometidos, gestantes e puérperas, devem receber doses de reforço semestrais, enquanto outros prioritários têm recomendação de dose anual. Quem ainda não completou o esquema vacinal, ou não tomou o imunizante, deve procurar uma unidade de saúde.

LEIA MAIS NOTÍCIAS DE SAÚDE E BEM-ESTAR

Publicidade

Ricardo Gais

Natural de Quarta Linha Nova Baixa, interior de Santa Cruz do Sul, Ricardo Luís Gais tem 26 anos. Antes de trabalhar na cidade, ajudou na colheita do tabaco da família. Seu primeiro emprego foi como recepcionista no Soder Hotel (2016-2019). Depois atuou como repositor de supermercado no Super Alegria (2019-2020). Entrou no ramo da comunicação em 2020. Em 2021, recebeu o prêmio Adjori/RS de Jornalismo - Menção Honrosa terceiro lugar - na categoria reportagem. Desde março de 2023, atua como jornalista multimídia na Gazeta Grupo de Comunicações, em Santa Cruz. Ricardo concluiu o Ensino Médio na Escola Estadual Ernesto Alves de Oliveira (2016) e ingressou no curso de Jornalismo em 2017/02 na Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc). Em 2022, migrou para o curso de Jornalismo EAD, no Centro Universitário Internacional (Uninter). A previsão de conclusão do curso é para o primeiro semestre de 2025.

Share
Published by
Ricardo Gais

This website uses cookies.