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Santa Cruz registra 17 mortes violentas em seis meses

No primeiro semestre deste ano, 17 pessoas foram mortas em Santa Cruz do Sul. O índice é inferior ao registrado em 2016 nesse mesmo período, quando 20 perderam a vida de forma violenta. Por outro lado, o número representa um acréscimo em relação aos assassinatos em anos anteriores. Em média, dez pessoas foram vítimas de homicídios ou latrocínios (roubos com morte) no município nos últimos cinco anos. O aumento do emprego da violência pelo tráfico de drogas ainda é o principal motivo apontado pela polícia para essa estatística sangrenta.

Os primeiros sete dias de 2017 concentraram cinco assassinatos. As estatísticas dos meses seguintes foram inferiores. Três pessoas foram mortas em fevereiro, em março mais quatro, em abril uma e outras duas em maio e também em junho. Os homens são as principais vítimas tanto dos homicídios como dos latrocínios. Dos 17 assassinatos registrados neste semestre, em três os alvos foram mulheres. Na maioria dos casos, 11 deles, os autores usaram armas de fogo.

Dez desses crimes são investigados pela 2ª Delegacia de Polícia, que atua nos bairros da Zona Sul. Nessa área, o Bairro Faxinal Menino Deus foi o que teve o maior número de casos, com três mortes. Nos bairros Centro, Progresso e Dona Carlota, ocorreram dois assassinatos em cada. A zona urbana concentrou a maioria das vítimas: 15. No interior, as duas mortes, uma em janeiro e outra em abril, aconteceram em Rio Pardinho.

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Desde o segundo semestre de 2012, o número de assassinatos vem sendo inflacionado pela entrada de uma facção criminosa no monopólio do tráfico no município. No ano passado, 44 pessoas foram assassinadas em Santa Cruz do Sul, três delas vítimas de latrocínios.  Em 2017 houve uma redução de 15% nos registros, embora o índice ainda seja bastante superior ao de anos anteriores. O ano de 2011, que precede esse ingresso da facção no tráfico local, teve dez mortes nos 12 meses. O primeiro semestre registrou quatro mortes violentas.

Denuncie

A falta do repasse de informações à polícia pelas testemunhas, por medo de represálias, é um dos principais entraves nas investigações. Isso é ainda mais evidente em casos envolvendo execuções pelo tráfico de drogas. A conhecida “lei do silêncio” contribui para que o próprio crime sentencie e execute. Denúncias podem ser feitas de forma anônima à Polícia Civil, pelo 197, e à Brigada Militar, pelo 190.

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ALGUNS CASOS

Executado

  • O segundo assassinato registrado em 2017 foi o do jovem Deinison Ricardo Fobrich de Mello, de apenas 20 anos. O crime aconteceu na Rua São Felipe, no Loteamento Beckenkamp, no Bairro Dona Carlota. O rapaz foi morto durante o dia, com um tiro na nuca. A polícia prendeu alguns dias depois um suspeito de ter sido o autor da execução do jovem. Em janeiro, cinco pessoas foram assassinadas em uma semana em Santa Cruz.

Crime passional

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Assalto terminou em morte

Morte de adolescente

  • O assassinato de Francine Sins Matias da Silva causou comoção em Santa Cruz do Sul. A adolescente, de apenas 13 anos, foi encontrada morta em abril. O padrasto dela confessou ter matado a menina asfixiada. À polícia, ele disse que cometeu o crime a mando da mãe de Francine. A mãe, que nega ter mandado matar a filha, chegou a ser presa, mas atualmente está em prisão domiciliar. Os dois respondem pelo crime.

OS DADOS

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No semestre

2017    17 mortes
2016    20 mortes
2015    11 mortes
2014    13 mortes 
2013    19 mortes 
2012    6 mortes 
2011    4 mortes 

No ano

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2017    17*
2016    44 mortes 
2015    20 mortes 
2014    33 mortes 
2013    28 mortes 
2012    16 mortes 
2011    10 mortes 
2010    11 mortes 
2009    10 mortes 
2008    16 mortes

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