Assim como outros meses do ano alertam para conscientização sobre diversos temas, o Dezembro Vermelho, campanha instituída pela Lei nº 13.504/2017, marca uma mobilização nacional na luta contra o vírus HIV, a aids e outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), conforme informações da Biblioteca Virtual em Saúde. A campanha chama também a atenção para a prevenção, a assistência e a proteção dos direitos das pessoas infectadas com o HIV.
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Em Santa Cruz do Sul, segundo a enfermeira e coordenadora do Centro Municipal de Atendimento à Sorologia (Cemas), Micila Chielle, em alusão ao Dezembro Vermelho, houve um seminário regional de atualização para as questões do HIV em 1º de dezembro, lembrado como o Dia Mundial de Luta Contra a Aids. A atividade contemplou todos os profissionais de saúde da região de atuação do Cemas, que engloba Santa Cruz, Rio Pardo, Vale do Sol, Vera Cruz, Sinimbu, Gramado Xavier, Herveiras, Candelária e Pantano Grande.
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De acordo com Micila, em torno de 2 mil pessoas realizam o tratamento para HIV no Centro Municipal. Somente em Santa Cruz do Sul, o número chega um pouco acima de mil. No entanto, a preocupação gira em torno dos casos ainda desconhecidos de HIV. “A Organização Mundial da Saúde estima que, para cada caso confirmado, há quatro casos desconhecidos”, afirma. Um aspecto que dificulta o diagnóstico, segundo Micila, é a demora no surgimento dos sintomas, que podem levar de cinco até dez anos para aparecerem.
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Em média, Santa Cruz registra 12 mortes anualmente pela aids, causada pelo vírus HIV. Micila diz que o número é significativo e explica que a maioria das pessoas vem a óbito porque não aderem ao tratamento contra a aids ou porque descobrem o diagnóstico de forma tardia. “Por isso, é recomendada a prática do sexo seguro e que as pessoas com uma vida sexual ativa realizem testes rápidos, no mínimo uma vez por ano”, reitera.
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O teste rápido pode ser encontrado em qualquer posto de saúde de Santa Cruz, inclusive no Cemas e no Serviço Integrado de Saúde (SIS) da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), com livre demanda. Não há necessidade de agendamento, e o resultado fica pronto em 20 minutos. Para facilitar o acesso, o Cemas oferece um horário noturno nas quartas-feiras, das 17h30 às 19h30.
Micila recomenda que os interessados em realizar o teste compareçam às unidades pelo menos uma hora antes do fechamento. “Caso dê positivo, a pessoa será encaminhada para atendimento médico e pode ser até medicada na hora”, conta.
Ela explica que, após o paciente descobrir a doença, pode realizar exames e buscar a medicação através do Sistema Único de Saúde (SUS). A terapia envolve dois comprimidos que são ministrados uma vez ao dia, e os exames devem ser feitos a cada seis meses. “O tratamento é acessível e praticamente não possui nenhum efeito colateral.” A coordenadora do Cemas lembra que a pessoa que está tratando o HIV não consegue transmitir o vírus, por isso o diagnóstico precoce é importante.
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Assim como a medicação para tratamento pode ser retirada de maneira gratuita, a população também tem acesso à Profilaxia Pós-Exposição (PEP), que pode ser garantida no Cemas ou no Pronto Atendimento do Hospital Santa Cruz. Segundo Micila, a PEP é uma medicação que pode ser utilizada em até 72 horas após um possível contato com o HIV em situações de violência sexual, relação sexual desprotegida ou acidente ocupacional. “A pessoa vai tomar a medicação por 28 dias, e depois faremos o acompanhamento para que ela não se contamine”, esclarece.
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