Foi lançado na tarde de sábado, 3, o Santa Cruz Polo Audiovisual. A cerimônia foi realizada no Coworking Cultural, situado junto à Biblioteca Pública Municipal Professora Elisa Gil Borowski, no Centro. O projeto vai receber recursos da Lei Paulo Gustavo e tem como objetivo principal criar um ecossistema para fortalecer o setor no município e no Vale do Rio Pardo. Além da apresentação do plano de trabalho, ocorreram mesas de conversa sobre o futuro das produções audiovisuais no interior, com convidados especiais. À noite, a recepção e celebração foi no Brás 1532.
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Apesar de ser o proponente do projeto contemplado, Victor Castilhos, da Supernova Filmes, afirma que tudo isso é resultado de conversas entre várias produtoras locais que buscavam o mesmo propósito. Explicou ainda que a ideia do Ministério da Cultura é descentralizar a destinação dos recursos e olhar mais para os municípios do interior que possuem cursos superiores voltados à área, como é o caso da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), por meio da graduação de Produção em Mídia Audiovisual.
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“Nós fomos todos estudantes da Unisc, então nos unimos com o curso, inscrevemos o projeto e conseguimos”, afirma. Com a verba obtida, acrescenta, será possível fazer melhorias significativas no setor na região, como oferecer oficinas a estudantes do Ensino Médio, buscando atrair novos profissionais; e a criação de um escritório de projetos para atender as produtoras associadas. “Será uma série de iniciativas que vamos apresentar para alavancar o audiovisual aqui na cidade.”
Castilhos observa que o Polo Audiovisual é apenas a formalização de um movimento que já existe há muitos anos e envolve a graduação, o trabalho das empresas do ramo, o Festival de Cinema, a Santa Cruz Film Comission e a gravação de produções externas na região. “O Polo Audiovisual é para ser como um guarda-chuva. Isto é, quando pensarmos nele, podemos pensar também em tudo isso citado anteriormente”, pontua.
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Já o subcoordenador do Curso de Comunicação Social da Unisc, William Araújo, chama a atenção para a importância de um mercado de trabalho forte e as mudanças nesse meio ao longo dos últimos anos, a partir do avanço da tecnologia. “Hoje a pessoa que trabalha aqui em Santa Cruz pode atender clientes do Brasil inteiro e até do exterior. Temos o exemplo de alunos que trabalham para uma produtora da Holanda”, citou. Segundo ele, a mão de obra local é muito qualificada e articulada, características que devem melhorar ainda mais com a formação desse ecossistema.
Referência
William Araújo, a exemplo de Victor Castilhos, afirma que o Festival de Cinema, a Film Comission e o Curso de Comunicação já eram braços do Polo Audiovisual antes mesmo dele existir. Agora, a proposta é tornar Santa Cruz do Sul uma referência para o audiovisual no interior do Rio Grande do Sul. “O nosso ecossistema já é o maior do interior, tanto que cidades maiores, como Pelotas e Caxias do Sul, receberam menos recursos devido à menor extensão do trabalho realizado.”
Após a apresentação inicial do projeto para o público presente, foi realizada uma roda de conversa com a presença de importantes nomes da cultura no Rio Grande do Sul. Entre eles estava André Kryszczun, chefe de gabinete da Secretaria de Estado da Cultura.
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