O dia 19 de dezembro marca a chegada dos primeiros imigrantes alemães a Santa Cruz do Sul, em 1849. A data, que é muito especial e completa 171 anos, merece ser celebrada. Pensando nisso, entidades e grupos ligados à cultura promovem a 1ª Semana da Imigração Alemã, que acontece de 14 a 19 de dezembro com o objetivo de valorizar e celebrar hábitos e costumes dos imigrantes. A homenagem, no formato online, terá transmissão ainda a ser definida.
Durante todos os dias, a população poderá acompanhar vídeos sobre decoração natalina; receitas da weihnachtsstollen (cuca natalina) e da cuca alemã e música natalina, dentre outras tradições trazidas pelos imigrantes, como o preparo do pão no forno a lenha, chamado de backoffen.
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Além disso, estão programadas as apresentações do coral Fröhliche Sänger (Centro Cultural 25 de Julho); do violinista Luís Eduardo Kaufmann, com homenagem aos 250 anos de Beethoven, e do tenor Eduardo Frey e da soprano Juta Frey, com cantos em alemão.
Outras atrações são a publicação de texto sobre imigração, da professora Lissi Bender; exposição de fotos dos 160 anos e dos 170 anos de imigração germânica e produção de doces e bolachas natalinas, organizada por Adilson Hirsch e a Kaffehaus, de Sinimbu.
Uma das organizadoras do evento, que estuda a língua alemã em Santa Cruz, Lissi Bender, destaca a importância de comemorar a data na semana do dia 19 de dezembro. “Dezembro marca a chegada das primeiras famílias germânicas à recém-fundada Colônia Santa Cruz, em 1849. Celebrar nesta data significa celebrar o início de Santa Cruz, voltado para o contexto local do evento imigratório. Até o momento celebrávamos aqui a data da chegada dos primeiros imigrantes a São Leopoldo (25 de Julho), que inaugurou a primeira fase da imigração no espaço rio-grandense em 1824, organizada pelo governo imperial. Já a Colônia Santa Cruz foi a primeira a ser fundada e gerida pela Província de São Pedro”, esclareceu.
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Idioma
Segundo Lissi Bender, o mundo cultural e os conhecimentos trazidos formaram o fundamento para a criação de escolas, imprensa e entidades sociais, culturais e religiosas. “Em todas essas instâncias, cultivavam a língua padrão – o Hochdeutsch –, presente nas cerimônias religiosas e nos jornais. Criaram diferentes associações culturais e sociais, os Verein.
A primeira sociedade de tiro ao alvo (Schützenverein) no Rio Grande do Sul, por exemplo, foi fundada em Santa Cruz. Todas as contribuições para o desenvolvimento e o legado cultural são merecedores de celebração e de atencioso cultivo, principalmente o idioma – por ser suporte de cultura e de progresso –, para continuar fazendo parte de Santa Cruz e de sua identidade”, disse.
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