A Prefeitura de Santa Cruz do Sul está preocupada com a possibilidade da Havan deixar de ter interesse em instalar uma unidade da loja no município por causa do impasse com o Sindicato dos Comerciários. Ontem, o presidente da entidade, Afonso Schwengber, voltou a falar que é contra o trabalho aos domingos, mas defendeu a vinda da empresa desde que se adapte às regras atuais. Nesta quarta-feira, o secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Cesar Cechinato, afirmou em entrevista à Rádio Gazeta que Santa Cruz não pode pagar o mico de desdenhar 150 vagas de emprego.
Amanhã, representantes da Havan estarão no Rio Grande do Sul e têm interesse de se reunir com Schwengber. No entanto, o sindicalista afirma que não tem espaço na agenda e que só poderia se encontrar com os empresários na semana que vem. “O que comanda a agenda de uma pessoa é o grau de importância da situação”, alfinetou Cechinato.
O secretário argumentou ainda que a Havan não seria uma concorrente direta do comércio local, mas que viria para tornar Santa Cruz do Sul um polo de compras regional. Ele ainda ressaltou a importância da geração de empregos, já que 150 novas vagas devem ser criadas com o investimento de R$ 25 milhões. “Quem tem emprego tem condições de dar melhor educação aos filhos. Depende menos dos benefícios do governo. Emprego é fundamental”, pontuou.
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Sobre a jornada de trabalho, Cechinato explicou que os funcionários – mesmo que trabalhem aos domingos – terão seus direitos respeitados. A loja funciona em três turnos de trabalho. A jornada diária de um funcionário é de 7 horas e 20 minutos. Trabalha-se em dois domingos e folga-se no terceiro. Ao trabalhar no domingo, o funcionário recebe um valor diferenciado e tem folga durante a semana.
Após a entrevista do secretário nesta manhã, o presidente do Sindicato dos Comérciários, em contato com a Rádio Gazeta, disse que na segunda-feira, às 13h30, irá receber representantes do sindicato e organizações patronais de Santa Cruz do Sul para tratar do assunto.
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