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Santa Cruz gera 807 vagas formais em janeiro; veja os setores que mais contrataram

Contratações em estabelecimentos atacadistas ajudaram a puxar a empregabilidade

Com as contratações de safreiros nas empresas de tabaco em ritmo lento, Santa Cruz do Sul gerou 807 empregos com carteira assinada no mês de janeiro. O saldo, que é resultado de 2.836 admissões e 2.029 demissões, também foi puxado pela abertura de vagas em estabelecimentos atacadistas e em alguns segmentos do setor de serviços.

Segundo dados do Novo Caged divulgados nessa quinta-feira, 9, a indústria fumageira foi a principal responsável pela criação de postos em janeiro e compensou o período de desligamentos em outros segmentos industriais relevantes, como borracha e metalurgia. Os números indicam pouco mais de mil contratações no setor de tabaco, patamar semelhante ao do mesmo período do ano passado.

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A expectativa, no entanto, é de que os chamamentos de temporários ganhem impulso a partir de março, já que houve atraso na finalização da colheita em razão da estiagem prolongada. Após a frustração em 2022, o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Fumo e Alimentação (Stifa) projeta um crescimento de 8% na demanda por mão de obra neste ano.

Dos cinco grandes setores econômicos, apenas a agropecuária registrou mais demissões em janeiro. O setor de serviços, que responde por 60% dos mais de 2 mil empregos criados no município no ano passado, desacelerou nas primeiras semanas do ano. Somente alguns segmentos, como escritórios de arquitetura e contabilidade e agências de publicidade, tiveram saldo positivo, assim como o de restaurantes, que apresentou uma reação após recuo em 2022.

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No comércio, o desempenho foi puxado pela abertura de vagas no setor atacadista, sobretudo pela inauguração de um novo estabelecimento, o Via Atacadista, do Grupo Passarela, no Bairro Arroio Grande. No varejo, a maioria dos segmentos registrou mais demissões, em função das dispensas dos temporários contratados para o Natal – a exceção é o segmento de materiais de construção, que abriu vagas. Já o setor de construção manteve a tendência positiva dos últimos dois anos, com a demanda concentrada na parte de obras de infraestrutura e não na construção de edifícios.

Conforme o economista e professor da Unisc Silvio Arend, os números indicam uma estabilidade na criação de empregos. “Em 2021, estávamos em plena pandemia, então é natural que o saldo positivo seja o menor da série. Em 2022, já começou uma leve recuperação da economia, tentando retomar os níveis de produção e emprego pré-pandemia. Agora, em 2023, estamos com praticamente o mesmo saldo verificado em 2022”, observou.

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Os relatórios do Novo Caged indicam ainda que os postos de trabalho criados no município em janeiro foram ocupados majoritariamente por homens, com Ensino Médio completo e idades entre 18 e 24 anos.

Reduzir os juros ou não?

Santa Cruz teve o segundo melhor desempenho entre os 10 maiores PIBs do Rio Grande do Sul em janeiro na geração de empregos, atrás apenas de Canoas. Algumas das principais economias, como Porto Alegre e Pelotas, demitiram mais do que contrataram no período. Em todo o Estado, foram geradas 10.073 vagas no mês, o menor saldo dos últimos anos. O mesmo aconteceu no Brasil, que gerou 83,2 mil vagas.

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O também economista Bruno Lanzer observa que os saldos, embora acima das expectativas, estão em linha com a desaceleração da economia brasileira, que começou a sentir os efeitos do ciclo de aumento das taxas de juros. A Selic passou de 2% no início de 2021 para 13,75% em agosto de 2022. “Como esses efeitos são acumulados e defasados no tempo, apenas no final de 2022 começamos a observar uma atividade mais fraca”, analisou. A tendência, segundo ele, é que esse processo prossiga ao longo de 2023, inclusive porque as projeções de inflação para 2024 e 2025 estão se distanciando da meta, o que deve levar o Banco Central a manter a Selic elevada por mais tempo.

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Na visão de Arend, além da necessidade de um orçamento público “realista”, reduzir a taxa de juros a “níveis aceitáveis” é necessário para “criar um ambiente favorável ao investimento”. “Aumentar os juros não resolve o problema da inflação, que é de custos. Não temos um problema de inflação de demanda”, opinou. Já Lanzer acredita que apenas a aprovação de reformas estruturantes, controle de gastos públicos e a definição de uma nova âncora fiscal podem gerar uma perspectiva positiva no curto e médio prazo. Além disso, ele vê com reservas a redução dos juros, defendida pelo governo federal. “Não adianta o BC reduzir os juros sem o mercado enxergar que existem as condições para uma redução”, analisou.

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