Depois do sucesso da primeira edição, ocorrida no dia 12 de agosto, a Santa Cruz Filarmonia realiza nesta quarta-feira, 13, a segunda sessão do concerto Guerra – Música e Paz. A apresentação será na Casa das Artes Regina Simonis, a partir das 19h30, com a participação dos cantores convidados Cícero Augusto Richter Schneider, Lívia Luz e Gloria Miranda. A orquestra é composta por 20 integrantes.
“A partir da minha amizade com o Heberson Reis (regente da orquestra) e dos nossos diálogos, pensamos em organizar um espetáculo que contemplasse canções do folclore brasileiro, argentino, uruguaio e paraguaio”, revela o doutor em História Mateus Silva Skolaude, curador do evento. Ele conta que a grande inspiração é a obra Guerra e Paz, feita entre 1952 e 1956 pelo artista brasileiro Cândido Portinari, e que hoje se encontra na Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York, nos Estados Unidos.
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Segundo Skolaude, a inserção da música foi uma liberdade tomada pelos organizadores para mostrar a identidade comum entre as culturas desses quatro países e outros mais. “Para nós, gaúchos, talvez seja muito mais corriqueiro escutarmos Merceditas, do folclore guarani/paraguaio, ou Kilómetro 11, do argentino, do que ter familiaridade com uma canção da Chiquinha Gonzaga ou do Pixinguinha”, observa. Todas elas compõem o repertório. “Esse show busca exatamente aproximar esses povos, que têm as suas distinções, mas também as suas similaridades.”
O curador chama a atenção ainda para o conceito de América Latina, criado no século 19 com o objetivo de unir os países e diferenciá-los da América Anglo-Saxônica, composta por Estados Unidos e Canadá. Essa aproximação teve destaque na música, com artistas como Milton Nascimento, Chico Buarque, Mercedes Sosa, Noel Garany, Cenoir Maicá e Jayme Caetano Braun, entre muitos outros, buscando inspirações nas raízes e ritmos vizinhos. “Uma das canções apresentadas será Volver a los diecisiete, da cantora chilena Violeta Parra e que foi interpretada por muitos outros músicos do continente.”
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